A estátua indelével vai ficar na esplanada e gremistas de todas as idades tempos afora vão tirar foto ao seu lado. Trata-se do maior ídolo da história do clube e nem um eventual rebaixamento diminuiria seu tamanho. O que se encerra em 8 de dezembro é o ciclo do treinador no Grêmio.
Tristemente, uma vez que abarca um combo lamentável de incompetência no trabalho de campo e truculência na relação com a imprensa. Antes que resvale para o corporativismo, preciso abrir uma vírgula para dizer que, sim, nós da imprensa precisamos revisar conceitos e procedimentos também.
Sinto vergonha de ter como colega de Associação dos Cronistas Esportivos um homem que entrou em campo com uma criança no colo para agredir a chutes profissionais que estavam trabalhando. A ACEG precisa ter um filtro que impeça constrangimentos como este. Renato também tem razão quando aponta termos inadequados que alguns de nós se autorizam para se referir a jogadores de futebol. A mãe e o filho deste jogador poderiam ouvir a crítica sem se sentirem ofendidos pessoalmente? Então não diga.
De resto, a truculência de Renato põe abaixo suas razões. Ele generaliza com o famigerado “vocês da imprensa”. Aí, não há mais diálogo possível e a relação desce a ladeira. Mais importante é o fato de que, no campo, o trabalho de Renato parou de funcionar. O Grêmio de 2025 terá que caminhar noutra direção. Oposta. E Renato Portaluppi, pelo bem de sua vitoriosa carreira, precisa reencontrar em si a alegria, a criatividade e a concentração que perdeu na Arena.