Para muitos a maior recessão desde a década de 1930, a crise financeira de 2008 assustou o mundo todo. O resultado da crise fez com que nações inteiras pagassem e o mundo entrasse em recessão em 2009.
Afinal, o que aconteceu?
Por volta de 1998, os bancos dos Estados Unidos começaram a emprestar dinheiro a muita gente que não tinha como pagar.
Mesmo quem estava desempregado e não tinha renda nem patrimônio conseguia ser aprovado pelo banco para receber um financiamento. E poderia dar a própria casa como garantia para vários empréstimos.
Esse tipo de crédito era conhecido como “subprime” (de segunda linha). O volume de financiamentos desse tipo era gigantesco.
CDOs e calote
Os bancos passaram, então, a misturar essa dívida de alto risco (pouca chance de ser paga) com dívidas de baixo risco (de clientes com bom histórico de pagamento) e montar vários pacotes, as chamados CDO (obrigações de dívida com garantia, em tradução livre).
Eles vendiam as CDOs para investidores do mundo todo, sobretudo na Europa. Quando os norte-americanos que tomaram os empréstimos pagassem o valor devido, o dinheiro iria para quem comprou a CDO, com juros.
Os compradores eram levados a acreditar que estavam fazendo um ótimo negócio, porque os juros eram altos.
Eles não sabiam exatamente que tipo de dívida havia dentro da CDO que estavam comprando, mas as agências de classificação de risco (Standard & Poor’s, Fitch e Moody’s), depois criticadas por seu papel na crise, garantiam que eram investimentos de alta qualidade.
O problema é que os devedores não pagaram suas dívidas. Como essas dívidas estavam nas mãos de bancos e fundos de investimentos do mundo todo, houve um efeito dominó no mercado.
Segunda-feira de terror
Em 15 setembro de 2008, marco da crise, um dos bancos de investimentos mais tradicionais dos Estados Unidos, o Lehman Brothers, foi à falência, e as Bolsas do mundo todo despencaram. A data ficou conhecida como segunda-feira de terror.
Em seguida, outros bancos anunciam perdas bilionárias. Foram meses de muita instabilidade no mercado.
Para tentar evitar quebradeiras em série, governos de vários países anunciam planos de socorro à economia, injetando bilhões em bancos.
Recessão e desemprego
Mesmo assim, a crise não ficou só no setor financeiro.
Os Estados Unidos e outros países, incluindo o Brasil, entraram em recessão. O desemprego disparou, sobretudo entre os mais jovens, e muitas empresas faliram.
Os efeitos da crise de 2008 foram sentidos no mundo todo durante anos. Até hoje, o nível de emprego em vários países não retornou aos patamares anteriores ao colapso.
Fonte: UOL, com informações de matéria de fevereiro de 2016