O número de mortes no trânsito gaúcho deve, mais uma vez, voltar a crescer. Foram 1.843 óbitos, de janeiro a novembro ante 1.945 em todo o ano de 2013. Se o mês de dezembro registrar 142 casos, o total já empata com o do ano passado.
E isso é provável que ocorra, pois em 2014 o mês menos violento foi janeiro: em 31 dias, morreram 149 pessoas. Na outra ponta aparecem junho, com 185 óbitos em 30 dias (média de mais de seis por dia), e maio, com 182 mortes em 31 dias. Na média geral, em cada mês morreram 165,7 pessoas em acidentes nas ruas e estradas do Rio Grande do Sul. Os dados podem ser acessados no site do Detran gaúcho.
Cerca de 40% das mortes ocorreram no fim de semana. Mais de metade dos casos ficaram concentrados entre a noite (34,9%) e a madrugada (17,3%). A cada dez óbitos, quase seis ocorreram em rodovias, com a estaduais respondendo por 31,7% do total de mortes e as federais, por 27,7%.
Dos 1.843 mortos de janeiro a novembro, 29,6% eram condutores, 24,1% motociclistas e 20,5% pedestres. Do total de acidentes, 38,6% envolveram carro e 20,8%, moto e 14,8% caminhão ou caminhão trator. Entre as vítimas, 79,6% eram homens e 20,4% mulheres.
Só em Porto Alegre, foram 150 mortes – 127 delas em perímetro urbano e 23 na malha federal. Em seguida aparecem no ranking de óbitos, nessa ordem, Pelotas (53 mortes), Caxias do Sul (46), Passo Fundo (45), Santa Maria (44), Rio Grande (37) e Gravataí (36). Juntas, essas sete cidades registraram mais de 22% do total de mortes nos primeiros 11 meses do ano.
Já o total de multas por embriaguez ao volante multiplicou por seis, desde 2007, no Rio Grande do Sul. Ainda conforme o Detran, em 2007, 3.480 foram autuados por esse tipo de crime. Em 2012, foram 23.811; em 2013, 21.372, e em 2014, 20.463, até novembro.
Por excesso de velocidade, o número de multas também cresceu. Foram 611,5 mil autuações em 2007; 985,6 mil, em 2012; 977,9 mil, em 2013, e 1.099.846, até novembro de 2014. Foi o primeiro ano em que a marca bateu 1 milhão em território gaúcho.