Nesta segunda-feira, delegações da Rússia e da Ucrânia iniciaram as primeiras negociações desde o início da invasão, há cinco dias, pelas tropas de Moscou. Enquanto isso, a ofensiva prossegue apesar do pedido do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky por um cessar-fogo “imediato”.
“Rússia e Ucrânia estão mantendo as primeiras conversações”, afirmou a agência de notícias bielorrussa Belta sobre as negociações, que acontecem na região de Gomel, em Belarus, perto da fronteira com a Ucrânia, e que coincidem com o aumento da resistência de Kiev ao avanço das tropas de Moscou.
A invasão russa provocou uma série de sanções dos países ocidentais e seus aliados, que incluem bloqueios ao acesso do sistema financeiro, assim como o fechamento do espaço aéreo para os aviões russos. Muitos países ofereceram armas à Ucrânia, mas insistiram que não se envolveriam militarmente no conflito.
A Ucrânia exige um cessar-fogo “imediato” e a retirada das tropas russas de seu território. O presidente Zelensky pediu aos soldados de Moscou que “abaixem as armas” e “salvem suas vidas”, em uma mensagem em russo publicada nas redes sociais.
Zelensky, com uma forte presença midiática durante a crise, também pediu à União Europeia (UE) que admita de maneira imediata seu país no bloco, mas em Bruxelas “há opiniões diferentes” a respeito, respondeu o presidente do Conselho europeu, Charles Michel.
O principal negociador russo, Vladimir Medinski, afirmou que seu país “busca um acordo”, mas o Kremlin destacou que não revelaria sua posição antes das negociações.
Zelensky admitiu que está cético a respeito das conversações. “Como sempre, realmente não acredito no resultado da reunião, mas deixe que tentem”, declarou.