Entre uma espada usada na Revolução Federalista de 1893, uma urna funerária indígena datada de 300 anos e os retratos de alguns dos pioneiros a se estabelecerem na região, uma fotografia capturada no fim dos anos 1980 ocupa um lugar de destaque na entrada do Museu Municipal Wülson Jehovah Lütz Farias, em Frederico Westphalen.
Nela, é possível ver os rostos dos membros da Comissão Pró-Museu, cidadãos que vislumbraram a importância de criar uma instituição para guardar a memória e a cultura de FW. Instalada em 1985, a comissão alcançou seu objetivo e, três anos mais tarde, Frederico Westphalen passou a contar com um museu municipal.
A implementação do Museu Wülson Jeovah Lütz Farias completa aniversário no próximo domingo, 23, quando são comemorados os 36 anos de existência da instituição. Nessas quase quatro décadas, o museu se tornou guardião de um acervo diverso, que ajuda a contar a história de FW e região e a preservar a cultura dos povos que contribuíram para a formação da identidade local.
A pré-colonização, a imigração e a história do Monsenhor Vitor Battistella
Desde sua fundação, o museu ocupou diversos espaços para acomodação e exposição do acervo à comunidade. Graças às constantes doações de objetos por moradores e pesquisadores, a quantidade de itens sob a guarda da instituição segue crescendo, e o museu vai se adaptando para manter o acervo sob as condições ideais de conservação.
Hoje, o museu fica em um pavimento anexo à biblioteca da URI. No local, há quatro salas com uma diversidade de objetos que proporcionam uma verdadeira viagem no tempo.
Na sala de entrada, a urna funerária indígena é apenas um dos objetos que contam a história pré-colonial da região. Há boleadeiras, raspadores, rochas lascadas e polidas que revelam os hábitos dos povos que habitaram essa região séculos atrás. Também nesta sala estão quadros que mostram personalidades e empresas históricas do município.
O passeio no museu ainda mostra à comunidade as ferramentas de trabalho usadas pelos imigrantes que chegaram à região entre o fim do século XIX e o começo do século XX. Objetos de lida na agricultura e do comércio da época confirmam o contato com os costumes de um povo que contribuiu em grande medida para a construção do município.
Em outro espaço, estão objetos da era da informação. Telefones, eletrolas, centrais telefônicas e os primeiros computadores a chegarem na região estão expostos nos balcões. E para os pesquisadores, o museu conta ainda com um acervo bibliográfico e hemeroteca.
Há também a Sala Monsenhor Vitor Battistella, um espaço criado em 1992 onde é possível ver itens pessoais que retratam a vida do sacerdote nos cerca de 40 anos de apostolado em Frederico Westphalen, como roupas, objetos sagrados e documentos.
Como fazer doações de objetos
O museu segue aceitando doações de itens e documentos para compor o acervo. Todos os objetos que retratam parte da história de FW e região podem ser doados para uma instituição, que faz a curaria dos mesmos.
Para fazer isso, basta entrar em contato com a equipe do museu pelo telefone (55) 2010-0100.
Como visitar o museu
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 13 às 17 horas
Local: anexo da Biblioteca da URI, Rua Assis Brasil, 709, bairro Itapagé, Frederico Westphalen.
Agende sua visita pelo telefone: (55) 2010-0100
Fonte: João Victor Cassol / Ascom