O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP) vai recorrer da decisão que concedeu liberdade condicional a Evandro Wirganovicz, condenado a nove anos e seis meses de prisão pelo homicídio e ocultação de cadáver de Bernardo Boldrini. Segundo o órgão, o recurso só não foi impetrado ainda pois o prazo para apresentação das razões não foi aberto. A data depende do júri ser degravado e subido aos autos.

O MP destaca que o promotor entende que a soltura não pode ser concedida, pois representa uma progressão indevida, já que Evandro não passou pelos chamados regimes mais gravosos, antes de usufruir da liberdade condicional. Ou seja, regime fechado ou semiaberto.

Mas, de acordo com a assessoria da juíza Sucilene Engler Werle, que julgou o caso e autorizou a condicional, Evando alcançou os requisitos necessários para pleitear a liberdade: cumprimento de 1/3 da pena e bom comportamento.

Evandro saiu da prisão ontem, mesmo dia em que a decisão foi proferida pela juíza. Ele deve se apresentar trimestralmente ao Fórum de Frederico Westphalen, onde mora com a família. À Justiça, Evandro também deve comprovar o exercício de atividade lícita.