Medalhista de bronze nos 200 metros livre em Tóquio, o nadador gaúcho Fernando Scheffer não conseguiu o índice olímpico para disputar a mesma prova nos Jogos de Paris. O nadador do Minas Tênis Clube vai integrar a equipe do Brasil no revezamento 4x200m livre com a esperança de repetir o pódio conquistado há três anos.
O nadador de 26 anos não conseguiu repetir o bom desempenho depois de conquistar a medalha olímpica no Japão. Foi nono lugar no Mundial de 2022, 16º em 2023 e 18º lugar no Mundial deste ano na mesma prova. Mas assim como não chegou a Tóquio entre os favoritos, acredita que pode surpreender mais uma vez, junto com a equipe brasileira.
– Jogos Olímpicos é uma competição onde tudo pode acontecer. Estou muito animado, tenho certeza que a gente fez uma ótima preparação. Estou muito ansioso para chegar lá, poder representar o Brasil da melhor forma possível e conto com a torcida de todo mundo – afirmou, em entrevista ao ge.
Nascido em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, o atleta teve o primeiro contato com a piscina aos sete anos de idade. Naquele momento, o único objetivo do menino era superar seu irmão mais velho, Augusto. Ambos faziam aulas de natação em uma escola do município.
Aos 15 anos, Fernando deixou a casa dos pais e se mudou para Porto Alegre. Começou a competir pelo Grêmio Náutico União (GNU), um clube tradicional da capital, e foi se desenvolvendo. Em 2018, passou a vestir a camisa do tradicional Minas Tênis Clube, de Belo Horizonte.
RS nos Jogos de Paris
- Quem é: Fernando Scheffer
- Modalidade: Natação – 4x200m livre
- Clube: Minas Tênis Clube (MG)
- Local de nascimento: Canoas (RS)
No mesmo ano, fez parte da equipe brasileira que conquistou a medalha de ouro no revezamento 4x200m livre, durante o Campeonato Mundial de Piscina Curta, em Hangzhou, na China, batendo o recorde mundial da prova. Ele também é dono do recorde sul-americano nos 200 m livre em piscina longa, com o tempo de 1min44s66, conquistado em Tóquio.
Preparação para Paris
Fernando Scheffer trocou de treinador e de cidade durante a preparação para o Rio de Janeiro. No final de 2023, deixou de treinar em Belo Horizonte, sob o comando do técnico Sergio Marques, e passou a trabalhar com Fernando Possenti, técnico do Comitê Olímpico Brasileiro, no Rio de Janeiro.
Na reta final da preparação para a Olimpíada, o nadador passou por um período de treinamento na altitude de Sierra Nevada, na Espanha. Apesar de todo o peso e a cobrança por resultados que um medalhista olímpico carrega, ale está confiante que fez uma boa preparação neste ciclo e que pode fazer um bom papel em Paris.