Maior participação LGBT+ na política é defendida por entidades

As organizações LGBT+ estão chamando a atenção para a necessidade de maior representatividade dessa população nos espaços de poder, especialmente diante do cenário das eleições deste ano, quando serão renovados os parlamentos e os executivos estaduais e federal. O chamado é realizado no dia de luta contra a homofobia, dia 17 de maio. A avaliação é que, apesar de as candidaturas terem ganhado força no último pleito, em 2020 elas ainda enfrentam obstáculos, deixando de fora dos espaços de decisão um segmento representativo da sociedade brasileira.
essa data tornou-se o Dia Internacional de Combate à Homofobia.

Eleições: Representatividade
Um levantamento realizado pela organização mostra que, nas eleições de 2020, foram identificadas 556 candidaturas LGBT+ na campanha, das quais 97 foram eleitas, 17% do total. Vale lembrar que a Justiça Eleitoral não coleta dados sobre a orientação sexual dos candidatos, dificultando um levantamento mais aprofundado.
O levantamento mostra ainda que as candidaturas de pessoas LGBTs recebem, em média, apenas 2% do teto de gastos de partidos políticos brasileiros, nas candidaturas em cidades com mais de 500 mil habitantes. Nas menores, os partidos destinam, em média, 6% da verba para essas candidaturas. O levantamento aponta para as inovações políticas apresentadas por representantes LGBT+ e, ao mesmo tempo, para os obstáculos enfrentados na sociedade e dentro das legendas.
Para estas eleições, o #VoteLGBT montou uma plataforma para mapear as candidaturas da população.
Até o momento, foram registradas 74 pessoas pré-candidatas de pessoas LGBTI+ e aliadas. A maior parte, no estado de São Paulo, com 11. Em seguida vêm Minas, com 10. Os estados de Rio de Janeiro e Santa Catarina aparecem com nove. A seguir vêm o estado de Goiás com sete pré-candidaturas e Bahia com quatro. Das 74 pré-candidaturas, 52 são para deputada/o federal e 21 para estadual e uma para deputado distrital.