A Expointer, uma das maiores feiras de agronegócio da América Latina, encerrou sua 47ª edição neste domingo (1º) em Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre, com um faturamento de R$ 8,1 bilhões. Foi a primeira edição da feira após a enchente, que deixou o Parque de Exposições Assis Brasil alagado em maio.
O resultado deste ano foi 1,4% superior ao verificado em 2023. O governador Eduardo Leite (PSDB) comemorou o faturamento, destacando a resistência do setor no estado.
“É um patrimônio. A maior marca do Rio Grande do Sul, talvez, desenvolvida ao longo dos anos, é esta Expointer. E a sua realização neste contexto tão desafiador mostra essa capacidade de superação”, disse Leite.
Ao todo, foram 2.067 expositores e mais de 662 mil visitantes ao longo de nove dias de feira. O setor de máquinas e implementos agrícolas foi o que mais faturou no evento, com R$ 7,3 bilhões em produtos comercializados.
Cavalo Caramelo e touro de 1,45 tonelada
Entre os animais que se destacaram na Expointer, estava o cavalo Caramelo, resgatado durante a enchente após ficar preso no alto de um telhado em Canoas. Com 305 kg – 50 kg a mais do que o registrado na época do resgate –, o animal desfilou na arena dos campeões da feira.
“Vivendo vida de cavalo de fazenda, acorda, come, dorme, caminha, grameia. Agora ele é um cavalo normal como todos os outros”, diz a médica veterinária Louise Maciel, que acompanha Caramelo.
Bicampeão da feira, o touro Hudson, da raça Limousin, foi reconhecido como o mais pesado da Expointer. O bovino pesa 1,45 tonelada, superando a marca de 1,41 tonelada, que lhe conferiu o título em 2023.
De acordo com o comissariado-geral da Expointer, a pesagem faz parte do julgamento de admissão e varia de acordo com o regulamento estabelecido para cada raça. São levados em conta aspectos como arcada dentária, altura e espessura de gordura, que indicam a qualidade dos animais.