Diferente do interrogatório de Leandro Boldrini, primeiro a depôr na audiência dos réus do processo criminal que apura a morte do menino Bernardo, a presença de Graciele Ugulini na sala durou apenas alguns minutos. Leandro respondeu perguntas do juiz, promotoria e defesa por quase três horas. Graciele, entretanto, utilizou seu direito de permanecer em silêncio, previsto na Constituição Federal.
Graciele não conseguiu falar seu nome, idade ou confirmar o endereço. Escutou em silêncio a acusação do juiz. Ela confirmou com um único sim que preferia se manter em silêncio, que não desejava responder a qualquer pergunta e que não queria continuar na sala de audiências para acompanhar o depoimento dos demais réus.
A madrasta de Bernardo era a única a não vestir as roupas com as quais foi presa em abril do ano passado. Os outros três réus estavam com os mesmos trajes usados na última aparição pública, quando foram presos pela polícia. Graciele vestia uma calça amarela, tigrada, que chamou a atenção dos presentes e das pessoas que a acusavam de “assassina” à porta do fórum. Evandro foi o único que não usou colete à prova de balas durante a sessão e no deslocamento do camburão até o fórum.
C.P.