Lula anuncia R$ 1 bilhão para cidades do RS após passagem de ciclone

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta terça-feira (12), a concessão de empréstimo de R$ 1 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para auxiliar na recuperação da economia de cidades do Rio Grande do Sul.

Até o momento, 47 pessoas morreram após a passagem de um ciclone extratropical pelo estado.

Lula também disse que acontecerá a liberação de R$ 600 milhões do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para atender 354 mil trabalhadores.

As medidas acontecem após uma reunião do presidente e do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), com a comissão criada pelo governo federal para tratar sobre o caso.

“Essas são algumas medidas que nós vamos tomar agora, já posso anunciar a vocês, e, ao mesmo tempo, nós vamos continuar acompanhando, porque está chovendo ainda. Certamente, nós vamos ter muito mais informações. E, na medida em que for acontecendo as coisas, nós vamos tomando decisões”, afirmou Lula.

“O que nós podemos dizer ao povo do Rio Grande do Sul, que foi prejudicado pela chuva, é que o governo federal não faltará no atendimento das necessidades do povo da região. Seja pequeno e médio empresário, seja morador, sejam pessoas que perderam a casa. Nós vamos cuidar do povo com muito carinho, porque o povo não pode sofrer do jeito que está sofrendo”, finalizou.

R$ 741 milhões de recursos federais

Geraldo Alckmin anunciou, no último domingo (10), que o governo federal destinará R$ 741 milhões em recursos para as regiões afetadas pelas chuvas provocadas pela passagem de um ciclone extratropical no Rio Grande do Sul.

Alckmin, que estava como presidente em exercício, sobrevoou os municípios do Vale do Taquari, área que concentra os maiores estragos, e afirmou que o desastre natural que atingiu o Rio Grande do Sul será prioridade máxima do governo.

“O presidente Lula nos orientou para [dar] prioridade absoluta, prioridade máxima nesta parceria com a população e com a região”, citou Alckmin.

Ele foi acompanhado na viagem por uma equipe interministerial e o do governador do estado, Eduardo Leite (PSDB). Veja a relação de ministros que viajaram para o estado:

  • Nísia Trindade, ministra da Saúde;
  • Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima;
  • Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social;
  • José Múcio Monteiro, ministro da Defesa;
  • Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome;
  • Waldez Góes, ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional;
  • Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar;
  • Jader Filho, ministro das Cidades.

O ministério que mais destinará recursos às áreas afetadas é o das Cidades, que custeará a construção de moradias na região com R$ 195 milhões. Em seguida vem o da Integração, que gastará R$ 185 milhões para dar ajuda humanitária e ajudar na reconstrução dos municípios atingidos pelas chuvas.

Entre outras ações, o governo também falou em reconstruir as unidades básicas de saúde (UBS), refazer uma ponte da BR-116 sobre o Rio das Antas e liberar um auxílio de R$ 800 por pessoa, em duas parcelas de R$ 400, para os municípios afetados.

Alckmin anunciou ainda que a pasta da Comunicação Social, em conjunto com a Telebras, atuou para reestabelecer a telefonia na região, transferindo 13 terminais de satélite.

O estado tem ainda 3.798 pessoas desabrigadas, além de 11.642 desalojados. Cerca de 150.341 pessoas foram afetadas pelo desastre.

Os conceitos de desabrigado e desalojado são diferentes. Desabrigado é aquele que perdeu a casa e está em um abrigo público. O desalojado teve de deixar sua casa — não necessariamente a perdeu —, e não está em abrigos, mas sim na casa de um parente, amigo ou conhecido, por exemplo.