Uma mudança poderá ser adotada em breve pela direção do Hospital Divina Providência (HDP) visando a regular o funcionamento do espaço para estacionar veículos no pátio da instituição. Está em estudo modelo de estacionamento pago para facilitar o acesso de clientes, evitar a utilização inadequada do local – motoristas que não vão usar os serviços do hospital – e também auxiliar nas receitas da casa.

O sistema é mais comum do que se imagina. O Hospital de Caridade de Ijuí (HCI), que é referência macrorregional para 125 municípios, adotou o estacionamento pago há mais de 15 anos, conforme informa a assessoria de imprensa da instituição. Lá, o serviço foi concedido para empresa terceirizada que paga valor ao hospital para explorar a demanda. “A responsabilidade em relação aos veículos deixados no pátio é da empresa, o que nos deixou livre de transtornos”, acrescenta o jornalista Allan Denis Fonseca. Com funcionamento e vigilância 24 horas, o espaço é usado por parentes de pacientes internados. Médicos também são liberados, mas não precisam pagar pelo serviço.

O Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), de Passo Fundo, utiliza o modelo desde 1990, oferecendo cerca de 500 vagas. Funcionários e médicos usam o estacionamento gratuitamente, em horário de expediente. Neste caso, o controle do serviço é da própria instituição, visando ao aproveitamento da área física para gerar receita. “Para implantação de um estacionamento, devem ser considerados os aspectos de área física, autorizações legais em relação à prefeitura e banheiros, assim como a responsabilidade jurídica referente aos veículos”, explica o supervisor de Segurança e Estacionamento do HSVP, Renato Sabbi.

Levantamento
O presidente do HDP, Silvestre Vargas Filho, informa que já está avançado o trabalho de pesquisa sobre o tema na instituição. “Já visitamos alguns hospitais e conhecemos o projeto do HSVP, de Passo Fundo”, destaca. O HDP, inclusive, já fez levantamento de custos para instalação de cancela comandada por pessoas e também dos modelos acionados por cartão para, no momento oportuno, definir qual opção se adequa melhor a necessidades, levando em consideração os custos de aquisição e manutenção.

Para complementar o projeto, está sendo realizado um levantamento estatístico, que vai apontar, numericamente, como é a ocupação de veículos no espaço. Ainda de acordo com o presidente do HDP, um engenheiro será o responsável técnico por indicar qual será a melhor forma de organizar o estacionamento, para melhor aproveitamento do local. “Talvez será necessária também a modificação do acesso, com entradas diferenciadas para os usuários, funcionários e médicos. Estamos tentando viabilizar uma parceria com a URI-FW neste estudo”, revela Vargas Filho.

Folha do Noroeste