O Ministério da Agricultura divulgou a liberação de 42 agrotóxicos no Diário Oficial da União (DOU), nesta segunda-feira 24. Segundo o Ministério da Agricultura, apenas um produto traz um ingrediente ativo novo. Os demais seriam produtos “genéricos” que já faziam parte da composição de defensivos disponíveis no mercado.
Entre os fabricantes estão as empresas Bayer, Dow Agrosciences, Syngenta, Nortox, Rainbow e Proventis Lifescience. O ato é de autoria da Coordenação-Geral de Agrotóxicos e Afins, do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas, da Secretaria de Defesa Agropecuária.
A pasta afirma que o objetivo da liberação de produtos genéricos é baratear o preço dos agrotóxicos, o que faria cair o custo de produção e, por consequência, os preços dos alimentos para o consumidor. A autorização do uso de novos compostos serviria para “disponibilizar novas alternativas de controle mais eficientes e com menor impacto ao meio ambiente e à saúde humana”, alega o Ministério.
Em nota, o órgão diz que, da lista, 29 são produtos técnicos equivalentes, ou seja, genéricos de princípios já legalizados para uso industrial. Outros 12 são produtos genéricos já prontos para serem usados no controle de pragas na agricultura brasileira.
O novo herbicida incluído na mudança é o Florpirauxifen-benzil, que teria modo de ação inédito no País. Segundo a pasta, o ingrediente é “altamente eficiente para plantas daninhas de difícil controle”. Os produtos registrados estavam na fila para aprovação há quatro anos, diz o Ministério.
A última concessão de registros de agrotóxicos no Brasil ocorreu em 21 de maio. Até o momento, eram 169 novas liberações de utilização de compostos nas lavouras. A coleção inclui o glifosato, polêmico ingrediente associado ao câncer, que levou a empresa Bayer à condenação de multa por 80 milhões de dólares nos Estados Unidos.
A escalada do veneno segue tendência no País. Segundo o Ministério, em 2018, batemos recorde: o Brasil abriu a entrada de 450 agroquímicos. Em 2017, foram 405; no ano anterior, 277.