Com a inadimplência do Fies em alta, o governo  Temer anunciará um novo modelo do programa para o ano que vem com regras mais duras para quem precisa de empréstimo para pagar a faculdade. Estudantes pobres, que são o foco do programa, vão encontrar mais dificuldade na hora de quitar o financiamento. Será necessário autorizar, no momento do contrato, o desconto obrigatório de até 30% dos futuros salários para devolver o empréstimo.

Se a regra atual dá um ano e meio após a formatura para o início do pagamento, no novo modelo a devolução do empréstimo, atrelada ao salário, começará mais cedo. Caso a pessoa não consiga um emprego, o governo terá de definir um prazo para acionar as garantias (fiador e fundo garantidor). Esse limite deverá ser de apenas alguns meses, de acordo com a atual proposta do governo.

Essa definição, contudo, deve ficar para depois do anúncio e fora da medida provisória do Fies, segundo um integrante do governo que participa das discussões. A oferta de vagas para 2018, já com novas regras, será em torno de 300 mil, segundo a Folha apurou. Para o segundo semestre de 2017, são cerca de 75 mil –ainda no modelo atual.

Fonte: Brasil 247