No momento em que o Brasil enfrenta a fase mais aguda da pandemia desde seu início, os governadores de estados, unidos no Fórum Nacional de Governadores, iniciam um movimento para ampliarem de forma unificada as restrições de âmbito nacional e um acordo de cooperação para a obtenção de vacinas.
O movimento é coordenado pelo presidente do Fórum Nacional de Governadores, o chefe do executivo do Piauí, Wellington Dias, que sugere “um pacto nacional pela vida”. Nele, os governadores trabalharão “suprapartidariamente e independente das divergências que podemos ter na política”, enfatiza.
“Agora, temos um inimigo em comum, que é o coronavírus. Vamos trabalhar para fazer aquilo que era para o poder central fazer, mas não está fazendo, que é garantir as condições de, no Brasil inteiro, para que até domingo, 14 de março, poder fazer restrições, para evitar aglomeração, eventos, lei seca… um conjunto de medidas que vão permitir que a gente possa reduzir a transmissibilidade do coronavírus”, destacou.
Dias argumenta que “não adianta um estado fazer e outro não fazer”, portanto, é necessária uma unificação das medidas de restrição para os estados conquistarem vitórias contra a pandemia.
“Hoje, vários estados estão fazendo. A ideia é a coordenar para que todos estados possam aderir. Até ontem à noite, eram 23 estados e (queremos) garantir as 27 unidades da federação mesmo as que estejam ligeiramente melhor. E, com essas medidas de âmbito nacional, a gente possa reduzir a movimentação das pessoas. Quem circula são as pessoas e o vírus pega carona com as pessoas”, explicou.
O chefe do grupo também alega que, “se o Brasil é um risco mundial, neste momento é preciso mais cooperação para obter vacinas”.
*Correio do Povo