A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nota nesta quinta-feira afirmando que não usou recursos da covid-19 para fabricação de cloroquina. Em resposta a informações publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo, a Fiocruz informou que fabrica cloroquina só para tratamento de malária.
“O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) produz o medicamento cloroquina 150 mg apenas para atendimento ao Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária, a partir de solicitações do Ministério da Saúde (MS) há quase 20 anos”, diz o texto.
Segundo o jornal, teriam sido usados recursos da MP 940/2020, que liberou dinheiro para enfrentamento da pandemia. A publicação traz documentos do Ministério da Saúde afirmando que as verbas seriam usadas para esse fim, mas não há comprovação de que a fabricação ocorreu.
A Fiocruz afirma que não houve aquisição de insumos para produção de cloroquina em 2020 e não há previsão para 2021. De acordo com a Fundação, os recursos da MP foram utilizados para testes, estudos clínicos de novas drogas e construção do Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19.
Além disso, a verba foi destinada à fabricação de fosfato de Oseltamivir para para influenza. Ainda segundo a nota, as últimas entregas de cloroquina para MS ocorreram em março do ano passado e janeiro deste ano sem “qualquer relação com a MP 940/2020 ou com o tratamento de pacientes de covid-19.”
Números da pandemia
Nesta quinta-feira (11), o Brasil registrou 54.742 novos casos de covid-19, segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). O total de contaminados desde que o vírus foi registrado pela primeira vez ultrapassou 9,7 milhões.
A média móvel de óbitos ficou acima de mil pelo 23º dia seguido. O cálculo é feito a partir da soma de todos os registros dos últimos sete dias, dividida por sete. Somente nas últimas 24 horas houve a confirmação de 1.351 casos fatais e o total de vidas perdidas para a covid chegou a 236.201.
*Brasil de Fato