FIERGS vê aproximação comercial do Brasil com a Argentina como importante

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Porcello Petry, que participou do encontro empresarial ontem (23), em Buenos Aires, afirma que as iniciativas entre os dois países para facilitar o intercâmbio comercial entre eles são bem-vindas. “O Brasil precisa ser protagonista na América Latina, porque é o país mais forte. Como tal, deve puxar os demais”, destaca.
         Petry ressalta, porém, que a instituição de uma moeda comum para transações comerciais terá algumas dificuldades. “Como se equilibra isso? É necessário uma contrapartida para fazer andar. Eu acho mais fácil estabelecer um mecanismo que garanta, por intermédio de commodities ou outros produtos”, disse ele. “O Euro levou 30 anos para ser implantado, com economias mais equilibradas. Aqui teríamos mais problemas”, explica.
            No encontro, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Union Industrial Argentina (UIA) entregaram aos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Alberto Fernández uma declaração conjunta contendo uma agenda comum das representações empresariais para dinamizar as relações bilaterais e fortalecer o Mercosul.
             Ao todo, são sete ações:
           1. Estabelecer uma estratégia comum para impulsionar o investimento produtivo com base em um crescimento econômico estável
           2. Promover investimentos para estimular o fornecimento de energia, infraestrutura e conectividade entre os dois países e na região
           3. Eliminar barreiras comerciais e avançar na implementação de iniciativas de convergência e cooperação regulatória
           4. Aprofundamento dos compromissos de facilitação do comércio e desburocratização
           5. Acelerar o processo de negociações externas, em bloco, com mercados estratégicos à indústria
           6. Promover a cooperação em direção a uma economia de baixo carbono, incluindo temas como transição energética, mercado do carbono, economia circular e conservação florestal
           7. Promover programas conjuntos de digitalização e Indústria 4.0