A Febre Amarela vem fazendo vítimas em diferentes pontos do país. No balanço mais recente, divulgado pelo Ministério da Saúde, foram confirmados 353 casos de febre amarela desde julho de 2017 e 98 mortes registradas nesse período. Segundo informações atualizadas , foram notificados 1.286 casos suspeitos, sendo que 510 foram descartados e 423 permanecem em investigação. Os estados de São Paulo e Minas Gerais são os mais afetados, com 161 e 157 casos confirmados respectivamente.
Pedro Tauil, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB), fala sobre os sintomas da Febre a Amarela e destaca os procedimentos necessários após identificá-los:
No Rio Grande do Sul, dois suspeitos notificados de febre amarela foram registrados, no entanto, não houve confirmação da doença. Mesmo assim, a Secretária de Saúde do estado ampliou a vacinação para 34 cidades, que estavam fora da área de risco da febre amarela.
Alerta em Frederico Westphalen
Com os recentes casos de Febre Amarela em diversas regiões do país – principalmente na região Sudeste – a Secretaria de Municipal de Saúde faz indicações para que as pessoas tomem corretamente as vacinas contra a doença.
De acordo com a Enfermeira de Imunização do município, Rafaela Albarello, Frederico Westphalen é uma área de recomendação de vacinas, devido a proximidade ao município de Derrubadas, que possui indicadores da doença.
A secretária de Saúde do município, Marta Chielle, orienta a população sobre os locais de vacinação e os grupos que podem ou não receber a dose:
Vacinação
A Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza para a população as vacinas de febre amarela, entretanto, a vacinação é realizada às quintas-feiras, na parte da manhã, já que um frasco do medicamento pode permanecer aberto por até 6 horas. Em Frederico Westphalen não houve nenhum caso de febre amarela, porém, a atenção deve ser redobrada quanto a prevenção da doença.
Sobre a doença
A febre amarela é uma doença aguda e potencialmente fatal, causada por um vírus transmitido por mosquitos. Nos seus estágios iniciais, pode ser difícil distinguir a febre amarela de outras doenças, e como as possíveis consequências são bem graves, é crucial adotar medidas preventivas para se proteger:
Aumentam os casos, diminuem os investimentos
Em meio a surtos de febre amarela, o governo Temer reduziu em 33% em 2017 o repasse para ações de emergência em casos de epidemias.Os investimentos foram cortados de R$ 30 milhões em 2016 para R$ 20 milhões em 2017, destinados à construção, modernização e aquisição de equipamentos para centros de controle, vigilância e prevenção de zoonoses.
Entre dezembro de 2016 e junho de 2017, período em que a verba de prevenção foi cortada, foram registrados 777 casos de febre amarela.
Os recursos estão listados na rubrica identificada como Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica e Controle de Doenças. Em uma outra rubrica, que destina valores para o programa de apoio a estados e municípios na prevenção de patologias como dengue, tuberculose e doenças sexualmente transmissíveis, a queda no orçamento foi de 35% de 2016 para 2017.
Os repasses do governo federal para o Fortalecimento do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde caíram de aproximadamente R$ 313 milhões para R$ 208 milhões. Os incentivos do governo federal para a Vigilância em Saúde de estados e municípios também apresentaram redução entre 2016 e 2017: a queda nas verbas foi de 2,4%. Essa ação visa a promover, entre outras atividades, o controle ambiental e imunizações.
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