Pacientes que precisam de medicamentos de uso contínuo para mais de 10 doenças já podem retirá-los gratuitamente em unidades credenciadas do programa Farmácia Popular. A nova fase do programa do governo federal também amplia a rede de atendimento, garantindo acesso a mais cidades gaúchas.
Com as novas regras, 40 medicamentos passaram a ser distribuídos sem custo, além de fraldas geriátricas para pessoas com 60 anos ou mais diagnosticadas com incontinência urinária, e absorventes higiênicos para mulheres em situação de vulnerabilidade social.
Para a médica Júlia Trombetta, a ampliação do acesso representa um avanço significativo.
“Essa gratuidade completa, no entanto, vem para aumentar as possibilidades de acesso dessa população institucionalizada, que já tem uma renda extremamente diminuída. Quanto mais se economiza, mais sobra para investir em outros campos da sua saúde”, diz.
A farmacêutica Roseane Batista destaca a inclusão de um medicamento essencial para pacientes com diabetes e doenças cardiovasculares.
“Antes, havia coparticipação no pagamento, ou seja, o cliente arcava com uma parte do valor. Agora, ele sai totalmente gratuito para quem tem mais de 65 anos”, observa Roseane.
Atualmente, 440 cidades do Rio Grande do Sul contam com o Farmácia Popular, sendo 313 unidades apenas em Porto Alegre. Com a nova fase do programa, o número de estabelecimentos credenciados deve crescer.
De acordo com Carlos Gadelha, representante do Ministério da Saúde, o objetivo é garantir equidade no acesso aos medicamentos.
“O Farmácia Popular está totalmente gratuito e, para viabilizar o que é a marca do SUS, a equidade, não tem diferença em nível de renda. Quem tem menor nível de renda terá o mesmo acesso aos medicamentos de que precisa. Hoje, 86% dos municípios brasileiros já tem Farmácia Popular, mas hoje abrimos para 100% dos municípios brasileiros”, explica Gadelha.
Como ter acesso aos medicamentos?
Os interessados devem procurar as farmácias credenciadas ao programa, levando documento com foto, CPF e receita médica válida por até seis meses. Caso a pessoa não consiga comparecer pessoalmente, um representante legal pode retirar os medicamentos mediante apresentação dos documentos necessários.
Confira a lista completa de medicamentos que podem ser retirados:
Remédios para asma:
- brometo de ipratrópio 0,02mg
- brometo de ipratrópio 0,25mg
- dipropionato de beclometasona 200mcg
- dipropionato de beclometasona 250mcg
- dipropionato de beclometasona 50mcg
- sulfato de salbutamol 100mcg
- sulfato de salbutamol 5mg
Remédios para diabetes:
- cloridrato de metformina 500mg
- cloridrato de metformina 500mg – ação prolongada
- cloridrato de metformina 850mg
- glibenclamida 5mg
- insulina humana regular 100ui/ml
- insulina humana 100ui/ml
- dapagliflozina 10 mg
Remédios para hipertensão:
- atenolol 25mg
- besilato de anlodipino 5 mg
- captopril 25mg
- cloridrato de propranolol 40mg
- hidroclorotiazida 25mg
- losartana potássica 50mg
- maleato de enalapril 10mg
- espironolactona 25 mg
- furosemida 40 mg
- succinato de metoprolol 25 mg
Remédios para anticoncepção:
- acetato de medroxiprogesterona 150mg
- etinilestradiol 0,03mg + levonorgestrel 0,15mg
- noretisterona 0,35mg
- valerato de estradiol 5mg + enantato de noretisterona 50mg
Remédio para osteoporose:
- alendronato de sódio 70mg
Remédios para dislipidemia (colesterol alto):
- sinvastatina 10mg
- sinvastatina 20mg
- sinvastatina 40mg
Remédios para doença de Parkinson:
- carbidopa 25mg + levodopa 250mg
- cloridrato de benserazida 25mg + levodopa 100mg
Remédios para glaucoma:
- maleato de timolol 2,5mg
- maleato de timolol 5mg
Remédios para rinite:
- budesonida 32mcg
- budesonida 50mcg
- dipropionato de beclometasona 50mcg/dose
Itens de higiene:
- fralda geriátrica
- absorvente menstrual
Fonte: g1 RS
Foto: Reprodução/RBS TV