“Eu não admito o fechamento da UTI” diz prefeito de FW

A administração do HDP informou que o aporte necessário da prefeitura seria de 300 mil reais mensais para que a UTI se mantenha em funcionamento

A situação financeira do Hospital Divina Providência de Frederico Westphalen foi pauta de uma audiência pública na Promotoria de Justiça, nesta sexta-feira, 7. Estiveram presentes e explanaram a situação o Presidente do HDP, Jaime Vitalli, a diretora-geral Roselei Enderle, o Prefeito José Alberto Panosso e vice-prefeito João Vendrusculo, a Secretaria da SaúdeTais Candaten, a Secretaria da 2º Coordenadoria Regional de Saúde  Marly Vendrusculo e o Presidente do Legislativo Jorge Alan Souza. 

 Segundo a direção do HDP, o principal  motivo da possibilidade de fechamento da UTI é a falta de recursos vindas do poder público municipal, que encerrou os repasses de 100 mil reais mensais  no ano de 2020. Além disso, segundo a coordenadora da 2a CRS, a instituição teria negado a habilitação de cinco novos leitos de UTI para tratar pacientes com Covid-19 e deixou de arrecar cerca de R$ 350 mil.

Questionada pelo promotor de Justiça, João Pedro Togni, a direção afirmou que os leitos trariam mais despesas ao hospital, que não teria profissionais suficientes para atender a demanda, já que o espaço atual da UTI não comporta mais cinco leitos e sendo obrigados a instalar a estrutura em outro andar do hospital.“Precisamos do poder público para manter a instituição. Não optamos pelos novos leitos Covid-19 pois os gastos seriam muito maiores e não teríamos profissionais para atender”, explicou o Presidente. Segundo  Marli Vendrusculo,  o Hospital Divina Providência foi o único no estado que não aceitou os recursos “Foi o único hospital do Rio Grande do Sul que programas vindouros trariam prejuízos. Foi uma situação muito difícil a coordenadoria sinalizar negativamente a vinda desse recurso, que agora está parado e sendo cobrado uma solução pela Novo Central”, explicou Marly. 

O Prefeito José Alberto Panosso, destacou que a atual situação do hospital está prejudicando todo um trabalho que já foi desenvolvido. Segundo ele, é também prejudicial as contas do município e outras áreas que necessitam recursos, destinar mais do que já foi ao hospital, “Eu não admito o fechamento da UTI, nós podemos colocar em dia a UTI, temos capacidade de buscar recurso mas precisa de diálogo e administração”, explanou. A administração do HDP informou que o aporte necessário da prefeitura seria de 300 mil reais mensais para que a UTI se mantenha em funcionamento. 

Ao final da audiência ficou acordado que a direção do HDP junto com a equipe médica irá avaliar a possibilidade de aceitar os cinco leitos covid-19, que segundo Marly, ainda tem chances de ser destinado ao município, tendo em vista que está parado na central. A prefeitura Municipal deverá até a próxima quinta-feira, dar uma posição quanto a destinação ou não.