Único estudo populacional sobre o novo coronavírus no mundo a realizar oito fases de acompanhamentos com a população das mesmas cidades, o Epicovid-19 vai ter uma nona fase no Rio Grande do Sul. Iniciativa da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em parceria com outras 12 universidades gaúchas ainda busca financiadores para o estudo, mas o reitor Pedro Hallal disse que na manhã desta quinta-feira, 12, em reunião com a comissão envolvida com a pesquisa, “foi batido o martelo” para a nova etapa.
“É que embora a trajetória geral seja decrescente, na pandemia tem se notado um novo crescimento de casos no estado. Então, precisamos avaliar novamente, até para saber pelo tanto que ele preocupa”, defende. A UFPel busca parcerias como as do Instituto Cultural Floresta, Banrisul, instituto Serrapilheira, do Rio de Janeiro, e da Unimed Porto Alegre, que apoiaram as fases anteriores.
Para realizar a etapa adicional são necessários cerca de R$ 300 mil. “Estamos atrás do financiamento. Hoje (ontem) mesmo pedimos ao Governo do Estado uma ajuda”, revela Hallal. O custo desta nova etapa é um pouco menor devido a não necessidade de comprar novos testes, que sobraram das fases anteriores.
Hallal acredita que a nona fase ocorra de 4 a 7 de dezembro. “Não é uma data fechadíssima, mas tem grande possibilidade”, afirma. Ao todo, 4,5 mil pessoas deverão ser entrevistas e testadas nas cidades de Canoas, Caxias do Sul, Ijuí, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Santa Maria e Uruguaiana. Em cada município, a seleção das residências e dos moradores ocorre por meio de um sorteio aleatório, utilizando os setores censitários do IBGE como base. Para a realização do exame, os entrevistadores coletam uma gota de sangue da ponta do dedo do participante.
A amostra é analisada pelo aparelho de testes em aproximadamente 15 minutos. Já os resultados deverão ser divulgados por integrantes da coordenação do estudo em aproximadamente 48 horas após a finalização da coleta de dados, como feito nas fases anteriores.
*Correio do Povo
Comunitária