Já faz seis meses que a população brasileira está estremecida com as recentes mudanças propostas pelo governo federal para a Previdência Social. A discussão ainda é muito grande, afinal, desde que Michel Temer sentou na cadeira presidencial, é atribuído ao sistema previdenciário como o maior problema da economia brasileira. De acordo com a Agência Brasil, em reportagem publicada em fevereiro deste ano, a Previdência Social representou 97% do déficit primário nas contas públicas de 2016. O dito “rombo da Previdência” é ecoado de Rio Grande a Rio Branco, no de Janeiro e no do Norte também.

Em abril, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles afirmou que o déficit primário para este ano é de R$ 139 bilhões, enquanto que, para 2018, o número cai para R$ 129 bilhões. Este número gera controvérsias entre parlamentares e especialistas, que acreditam não ser esse o verdadeiro motivo do desequilíbrio das contas públicas do país. Mesmo assim, o presidente Michel Temer e cia seguem na tentativa de emplacar as mudanças a todo custo. Paralelo a isso, em abril, foi instaurada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), com apoio de 70% do Senado.

Presidida pelo Senador gaúcho Paulo Paim, do Partido dos Trabalhadores (PT), a comissão já trouxe vários dados à tona que coloca em dúvida a certeza que o governo tem quanto às reformas na Previdência Social. Como por exemplo, de acordo com o Professor José Luiz Oreiro, da UnB, o governo também pratica as “pedaladas fiscais”. “O governo retira R$ 3,54 bilhões do Fundo Soberano do Brasil (FSB) para mascarar o contingenciamento de R$ 42 bilhões”, explica.

Perguntado se acha possível que a votação da reforma no Senado aconteça ainda nesse semestre, Paim disse que é quase impossível:

Sobre a fiscalização sobre os maiores devedores, o senador explica que a CPI trabalha para  “apontar caminhos com toda a estrutura devida para que não se dê mais nenhum tipo de arrego ou colher de chá”:

Paim também fala, que acredita que as manifestações ainda estão pequenas perto da importância das reformas: 

O senador também afirma que a CPI irá investigar a possível “liberação de verbas” em troca de poio: 

Fonte: Thiago Henrique/Agência DaHora

Foto: Agência Senado