Circula pelas redes sociais um vídeo que relaciona o patrocínio da Petrobras a pilotos da Fórmula 1 (F1) à gestão do PT. Tome cuidado, essa notícia é falsa!
O conteúdo enganoso parte de um vídeo em que um homem fala, entre outros assuntos, sobre o patrocínio da Petrobras a pilotos da Fórmula 1 (F1), e o relaciona à gestão do Partido dos Trabalhadores, insinuando que o aporte financeiro seria ato de corrupção do partido.
Entretanto, ao contrário do que foi insinuado no vídeo, o contrato firmado entre a Petrobras e equipes de F1, e depois rompido pelo Presidente Jair Bolsonaro, não se deu na gestão do PT. Segundo a assessoria da petrolífera, a parceria com a McLaren começou em fevereiro de 2018. Naquele ano, Michel Temer (MDB) estava na presidência da República.
Quando houve o rompimento, reportagens que abordaram o assunto apontaram que o valor, contratado em libras esterlinas, chegava, à época, em R$ 872 milhões, conforme um documento que tratava sobre os primeiros nove meses da gestão de Bolsonaro.
O fim do contrato, ainda de acordo com a comunicação da empresa, ocorreu em novembro de 2019, mas a Petrobras não revela valores devido à cláusula de confidencialidade. Na época em que a parceria foi desfeita, a McLaren divulgou um comunicado informando sobre o término do contrato com a Petrobras.
Pelo comunicado, é possível observar que o valor, embora não tenha sido divulgado, não era somente destinado à publicidade da Petrobras. O documento indica que a parceria produziu avanços tecnológicos em combustíveis e lubrificantes, e identificou oportunidades para futuras colaborações nas áreas comercial, tecnológica e de responsabilidade social entre as duas empresas.
Os patrocínios de petrolíferas são bastante comuns na categoria. A Petronas, estatal petrolífera da Malásia, patrocina a escuderia Mercedes AMG há alguns anos, assim como a Shell, empresa de combustíveis britânica, patrocinadora da Ferrari.
Além do mero patrocínio estampando as marcas nos carros, macacões e capacetes, os contratos costumam envolver pesquisas de desenvolvimento, que geram retorno para ambas as partes. A própria Petrobras tem hoje em suas bombas uma gasolina chamada de Petrobras Podium. O combustível foi desenvolvido durante uma passagem anterior da estatal brasileira pela categoria automobilística, em 2002, quando patrocinava outra equipe, a Williams.