Circula pelas redes sociais a informação de que o governo federal irá monitorar telefonemas, mensagens e posts no Facebook, WhatsApp e Twitter. Tome cuidado, essa notícia é falsa!
Circula nas redes sociais e em grupos de WhatsApp um texto dizendo que, “a partir de amanhã”, sem deixar claro qual é a data, entrariam em vigor novas regras de comunicação no país. Segundo a publicação, com a mudança, o governo federal irá monitorar telefonemas — de voz e vídeo — e mensagens e posts no Facebook, WhatsApp e Twitter. A nova regra proibiria escrever ou enviar mensagens sobre assuntos políticos e religiosos, sob pena de prisão. A mensagem também explica como identificar esse monitoramento no WhatsApp.
No entanto, nenhuma regra entrará em vigor com o objetivo de permitir que o governo monitore telefonemas, conversas e publicações em redes sociais. Tampouco há uma nova norma que proíbe conversas sobre política ou religião nessas plataformas. Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública esclareceu que o conteúdo é enganoso e não tem origem em nenhuma medida oficial.
A pesquisa pelos termos: “regras de comunicação”, “monitoramento” e “monitorar” em mecanismos de busca não retornou notícias que confirmassem a história. Também não há nenhuma medida relacionada ao tema ao procurar pelas mesmas palavras-chave no Diário Oficial da União, no site da Câmara dos Deputados e na página do Senado Federal.
Em nota, o WhatsApp confirmou que se trata de uma mensagem enganosa. Além disso, nenhuma nova marcação foi implementada para identificar esse suposto “monitoramento” do governo. Na verdade, os sinais de “check” que aparecem nas conversas servem apenas para confirmar se as mensagens enviadas na plataforma foram recebidas e lidas.
Segundo a empresa, as conversas no aplicativo são protegidas com criptografia de ponta a ponta e, por isso, não é possível que pessoas externas leiam, ouçam ou vejam o conteúdo das mensagens. Além do mais, a companhia não mantém os registros das pessoas para as quais um usuário ligou ou mandou mensagens. Ainda segundo informações da plataforma, manter a privacidade dos usuários é uma das principais premissas do serviço.
*Checagem feita pela Lupa