Circula pelas redes sociais a informação de que a posse de Lula foi uma encenação. Tome cuidado, essa notícia é falsa!
Publicações que reproduzem as informações de que eram falsos o livro com o termo de posse e a faixa presidencial usada por Luiz Inácio Lula da Silva na cerimônia de posse do último domingo, dia 1º, circulam por diversas plataformas na internet. As alegações são usadas para argumentar que a posse foi falsa, também afirmando que a cerimônia não contou com a participação de comandantes das Forças Armadas.
No entanto, a informação sobre o livro com o termo de posse é falsa. O argumento usado é que o livro não era verdadeiro por não ter as tiras com a cor do Brasil. Porém, conforme explicado no site do Senado Federal, o presidente Lula inaugurou o terceiro volume do Livro Histórico de Posse Presidencial.
O segundo volume da publicação foi lançado em 1954, quando Café Filho inaugurou a edição, que foi assinada pela última vez em 2019, quando Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão assumiram como presidente e vice-presidente da República. A digitalização dos dois primeiros volumes estão disponíveis, na íntegra, no Acervo do Senado. A assinatura do termo de posse de Lula também foi digitalizada e pode ser conferida no site do Senado.
Além do livro, embora a faixa presidencial seja diferente da que foi utilizada pelo ex-presidente Bolsonaro, a faixa utilizada por Lula é a mesma que ele vestiu durante o primeiro mandato (2003–2006), com brasão dourado e o centro com as cores azul e branco.
Em 2006, o Planalto abriu uma licitação para a confecção de uma nova faixa presidencial. O novo adereço passou a ser usado em setembro de 2008, durante as comemorações da independência do Brasil. Na posse de Jair Bolsonaro, essa versão mais recente foi entregue foi entregue por Michel Temer, como é possível ver nos registros da época. Desta vez, como Bolsonaro não participou da cerimônia de domingo, Lula optou por usar a faixa antiga, a mesma que vestiu durante o seu primeiro mandato.
Além disso, a cerimônia contou com a participação de comandantes das Forças Armadas, como o general Júlio Cesar de Arruda (comandante do Exército), o almirante Marcos Sampaio Olsen (futuro comandante da Marinha) e o brigadeiro Marcelo Damasceno (futuro comandante da Aeronáutica), que acompanharam a posse do Palácio do Planalto.
Também circula nas redes a alegação falsa de que Augusto Heleno não foi exonerado do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e que isso mostraria que ele estaria comandando o país. O general foi exonerado no dia 31 de dezembro pelo então presidente em exercício, Antonio Hamilton Mourão (Republicanos), como consta no DOU (Diário Oficial da União).