De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o desemprego teve um recuo para 13,7% no mês de junho, último mês do trimestre móvel iniciado em abril, este percentual foi atingido depois de ficar em 15,1% em março. Sobre a taxa de desocupação dessazonalizada, que exclui os efeitos das variações sazonais do conjunto de dados temporais de junho, é a menor apurada desde maio de 2020. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 27.
O instituto analisou o desempenho recente do mercado de trabalho, com base na desagregação dos trimestres móveis da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e em informações do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia.
RECENTES CONTRATAÇÕES
O crescimento recente das contratações tem ocorrido, principalmente, em setores que empregam relativamente mais mão de obra informal. Está o setor da construção, que registrou alta anual da população ocupada em 19,6%, a agricultura e os serviços domésticos.
No segundo trimestre de 2021, na comparação interanual, a expansão dos empregados no setor privado sem carteira atingiu 16% e a dos trabalhadores por conta própria, 14,7%.
O CENÁRIO
Mesmo com os resultados positivos, alguns indicadores importantes mostram que outros aspectos do mercado de trabalho brasileiro permanecem desfavoráveis. A alta da ocupação tem ocorrido muito em cima da informalidade, o que não chega a surpreender porque foi o setor mais atingido pela pandemia. Apesar do recuo pequeno na questão do desalento, ainda há a manutenção da subocupação em patamar elevado.
A expectativa é que o mercado de trabalho continue melhorando, com crescimento na ocupação, mas ainda com emprego informal.