Crescimento do setor de aves e suínos já é projetado

Foi divulgado nesta quarta-feira, 29, pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) feira as projeções para o desempenho do setor em 2021 e 2022. A expectativa é otimista quanto aos segmentos de frango, suínos e ovos, seja no que se refere ao consumo interno quanto nas exportações, apesar do aumento de custos observado no setor em razão da alta no custo do milho.
O presidente da ABPA, Ricardo Santin, atribui a expectativa à retomada econômica tanto do Brasil quanto dos principais importadores. No mercado interno, de acordo com ele, a manutenção do auxílio emergencial e a reabertura dos restaurantes são fatores importantes no estímulo ao consumo, além do preço da carne bovina, que está em alta.

CUSTO DO SETOR
Com relação aos custos do setor, que subiram mais de 40% nos últimos 12 meses, Santin comemorou as recentes medidas adotadas pelo governo federal que baratearam a importação de milho, principal componente da ração animal. “Isso fez com que o setor conseguisse alguma estabilidade e parasse aquele processo especulativo”, observou. Uma questão que preocupa o segmento é a reorganização das rotas marítimas provocada pela pandemia, com a consequente falta de espaço em navios e menor disponibilidade de contêineres.

PRODUÇÃO
No caso da carne de frango, a produção deve ficar entre 14,1 e 14,3 milhões de toneladas em 2021, o que representa um crescimento de até 3,5% em relação ao ano passado. Para 2022, o crescimento previsto é de 4,5%. Já a exportação deve ficar em 4,5 milhões de toneladas neste ano, uma alta de 7,5%. Em 2022, esse número deve crescer em 3,5%.
Na carne suína, a produção prevista para 2021 está entre 4,6 e 4,7 milhões de toneladas, o que representa alta de até 6%. Para o ano que vem, a expectativa é de crescimento de até 4%. Já as exportações devem crescer até 12% em 2021 e 13% em 2022. A produção de ovos, por sua vez, é calculada em 54,4 bilhões de unidades em 2021 e 56,2 bilhões em 2022, representando alta de 2% e 3%, respectivamente. A exportação deve ter crescimento significativo neste ano, com alta de 42%, chegando a 8,9 bilhões de unidades.