O Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS Sindicato) realizou, na manhã desta terça-feira,12, um ato em frente ao Palácio Piratini contra descontos ilegais das direções de 40 escolas da 1ª CRE (Coordenadoria Regional de Educação) e de aposentadorias e pela reivindicação do pagamento dos dias de greve no final de 2019. O ato também defendeu a elaboração, o mais rápido possível, de um calendário de vacinação por parte do governo do Estado.
“Estamos aqui hoje para reivindicar principalmente a vacina. Queremos que o governo tenha um calendário de vacinação para que todos já estejamos vacinados quando iniciar o ano letivo. Também viemos aqui cobrar o governo Eduardo Leite pelos descontos feitos nos salários de muitos diretores que estiveram a frente de suas escolas no período da pandemia. Não entendemos como isso foi feito. Nós visitamos algumas das escolas onde os diretores sofreram cortes e eles estavam lá”, assinalou Helenir Aguiar Schürer, presidente do CPERS. “Nós também estamos acompanhando a arrecadação do Estado do Rio Grande do Sul e vimos que ela cresceu. No entanto, nossos salários seguem congelados e defasados”, acrescentou Helenir.
Os educadores ainda lutam pelo direito ao pagamento das aulas, já recuperadas, das greves em 2019. “Nós tivemos uma grande greve no final de 2019, fizemos a recuperação, que é compromisso como educadores, e o governador Leite descontou e até hoje não pagou o trabalho que nós prestamos, isso significa precarizar a educação pública”, disse Cira Maria Gassen Kaufmann professora e diretora do 18º núcleo. De acordo com o CPERS, em torno de 27 mil educadores foram penalizados.
A categoria, que está há seis anos sem reajuste e com perdas salariais causadas pela inflação, rejeita os projetos aprovados em 2020 pelo governador Eduardo Leite, com mudanças no plano de carreira da categoria e aumento na alíquota de desconto da Previdência. “Esse governo não tem interesse que os filhos dos trabalhadores tenham um ensino de qualidade”, criticou Cira Kaufmann.
O ato contou com a participação de representantes de 42 núcleos do Sindicato e apontou o início de mais um ano difícil para os educadores. “Nós educadores temos que vir em frente ao Palácio, em pleno janeiro, para cobrar que o nosso desconto seja reposto e que os diretores de escola, injustamente descontados, tenham os seus salários pagos. Em plena pandemia os educadores têm que se expor ao risco para cobrar desse governo que governe”, resumiu Carla Cassais, representante do 24º núcleo, de Pelotas.
*Sul 21