Além do comunicado da demissão de Eduardo Coudet, o presidente do Inter, Alessandro Barcellos, falou sobre diversas questões que precipitaram a saída do treinador argentino após derrota para o Juventude. Conversa com integrantes do grupo de jogadores, falta de progresso no trabalho e incapacidade de buscar soluções diante das adversidades foram alguns pontos mencionados pelo dirigente no Beira-Rio.
Falta de intensidade
“Nós nos encontramos em uma situação em que faltava intensidade e alternativas. Ou você faz o pacote completo, ou fica no meio do caminho. As coisas não estavam acontecendo. Enxergávamos os jogadores desgastados e daí tu tens que fazer o rodízio”, argumentou Barcellos.
Não dá “liga”
Barcellos comentou que o trabalho da diretoria também é ouvir o plantel. Ele, porém, não deixou claro quem foi consultado, mas percebeu uma falta de entrosamento. “Às vezes, você tem que ouvir o grupo, entender e quando você sente que não dá mais liga, você tem que tomar uma decisão (demissão). Foi uma iniciativa do clube, que o treinador compreendeu. Eu sei que a saída do Coudet não é unanimidade, tenho essa consciência”, avaliou.
Retrocesso
Conforme o presidente colorado, a diretoria já vinha percebendo há mais tempo um retrocesso no trabalho de Eduardo Coudet e isso contribuiu para a saída do treinador.
“Nós perdemos a capacidade de finalização. Nós tínhamos muitas conclusões e pouca conversão. Agora, temos poucas finalizações e muito poucos gols. Isso é um retrocesso do trabalho e quando isso não muda, você tem que tomar uma decisão. Nós estamos perdendo uma conquista que tivemos, que foi ter a melhor defesa do Brasileirão. Isso acabou levando a uma situação que não queríamos viver na temporada”, disse.
Esquema solitário
Ao falar sobre a busca de um novo técnico, Barcellos deixou claro que a procura da diretoria também considera a capacidade do novo profissional em lidar com vários esquemas. “Nós temos um grupo com essa capacidade. Muitas vezes, o treinador pede atletas para um determinado esquema e fica com essa formação. É bom ter convicção, assim como o Coudet tem, mas tem momentos em que você precisa buscar outras opções diante de um cenário diferente
Fonte: Correio do Povo