O compositor brasileiro é reconhecido em todo o mundo por seu talento e singularidade musical. Atualmente o Brasil conta com mais de 274 mil autores nacionais cadastrados na gestão coletiva da música. Em comemoração ao Dia do Compositor Brasileiro, festejado nesta segunda, 7, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) fez um levantamento especial para homenagear aqueles que usam a imaginação, a criatividade e a inspiração para criar letras, melodias e canções.
A primeira parte do estudo apontou as músicas nacionais mais tocadas em shows realizados no país no primeiro semestre de 2024. Uma curiosidade foi a predominância de hits que animam o Carnaval, o que mostra a força da tradição dessa festa no país.
No top 20, 13 delas são representantes de canções conhecidas dos foliões. Na liderança, inclusive, ficou a clássica “Eva”, de Marcos Ficarelli, Giancarlo Bigazzi e Umberto Tozzi. A canção é uma versão de uma música italiana e já teve gravações de intérpretes como Ivete Sangalo, Durval Lelys, Luiz Caldas, Manno Góes, Saulo Fernandes, Ricardo Chaves e outros.
Outra parte do levantamento mostra uma análise das regiões do país onde há mais cadastros ativos de compositores que fazem parte da gestão coletiva. O Sudeste foi a região em que os autores mais indicaram como a sua unidade federativa nos cadastros, com participação de 59%. Logo depois, ficou a região Nordeste, com 16% dos cadastros. A região Sul teve 11%, seguida pela região Centro-oeste, com 5%, e a região Norte, com 2%. Não foi possível identificar a região de 7% dos compositores cadastrados, porque eles não indicaram informações de localidade.
Os compositores, assim como os intérpretes, músicos, editores e produtores fonográficos, precisam estar filiados a uma das sete associações da gestão coletiva (Abramus, Amar, Assim, Sbacem, Sicam, Socinpro e UBC) para ter a garantia de receber seus direitos autorais de execução pública. É desta forma que eles receberão seus rendimentos quando suas músicas tocam em locais de frequência coletiva e os responsáveis por canais, espaços e eventos fazem o pagamento do licenciamento musical.
No caso de morte de um compositor, seus herdeiros terão direito a receber os rendimentos relacionados a suas obras musicais por 70 anos após sua morte (ou do último compositor/autor, em caso de parcerias), como determina a Lei dos Direitos Autorais (9.610/98).
Confira o ranking das músicas nacionais mais tocadas em shows realizados no Brasil no primeiro semestre de 2024:
OBS: a lista conta com shows realizados no país este ano que pagaram os direitos autorais de execução pública musical
- “Eva”, de Cartavetrata / Umto / Ficarelli
- “País tropical”, de Jorge Ben Jor
- “Não quero dinheiro”, de Tim Maia
- “Macetando”, de Luciano Chaves / Ivete Sangalo / Samir Trindade
- “Erro gostoso”, de Lucas Souza / Flavinho Do Kadet / Felipe Marins / Gabriel Angelo / Eliabe Quexin / Edson Garcia
- “Perna bamba”, de Gabriel Cantini / Lucas Medeiros / Gabriel Bk / Shylton / Tinho Wt / Batidao Stronda / Newton Fonseca / Breno Lima
- “Arerê”, de Gilson Babilônia / Alaim Tavares
- “Praieiro”, de Manno Goes
- “Faraó divindade do Egito”, de Luciano Gomes
- “Lapada dela”, de Ricardus Junior / Matheus Fernandes / Jimmy Luzzo
- “Frevo mulher”, de Zé Ramalho
- “Anunciação”, de Alceu Valença
- “Baianidade nagô”, de Evandro Rodrigues
- “Cheia de manias”, de Luiz Carlos | “Milla”, de Tuca Fernandes / Manno Goes | “Zona de perigo”, de Adriel Max / Pierrot Junior / Yves / Lukinhas / Fellla Fellings / Rafa Chagas
- “Posturado e calmo”, de Uedson Péricles / Leo Santana / Eric Santos / Danilo Cowboy
- “Evidências”, de José Augusto / Paulo Sergio Valle | “Daqui pra sempre”, de Coda / Loren Nora Zeineb Talhaoui / G-Son Thomas / Moa Anna Maria Carlebecker / Frank Lace / Jimmy Jason
- “Anna Julia”, de Marcelo Camelo
- “Prefixo de verão”, de Beto Silva
- “We are the world of carnaval”, de Nizan Guanaes
- “Bota pra ferver”, de Durval Lelys
Fonte: Correio do Povo