Com medo, Bolsonaro pede que caminhoneiros não façam greve

Às vésperas da paralisação nacional convocada pelos caminhoneiros para protestar contra o governo e a alta no preço dos combustíveis, Jair Bolsonaro apelou que a categoria não entre em greve. “Reconhecemos o valor dos caminhoneiros para a economia do Brasil. Apelamos para eles que não façam greve, que todos nós vamos perder. Todos, sem exceção. Agora, a solução não é fácil. Estamos buscando uma maneira de não ter mais este reajuste”, disse Bolsonaro nesta quarta-feira (27). A greve está marcada para a próxima segunda-feira, 1.

Nesta terça-feira (26), a Petrobrás anunciou um reajuste médio de quase 5% no preço da gasolina e do óleo diesel. No mesmo dia, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL) anunciou que iria apoiar o movimento dos caminhoneiros. A CNTTL afirma que tem 800 mil motoristas em sua base e que está orientando todos a aderirem à paralisação. 

De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, Bolsonaro disse, ainda, que o Ministério da Economia, sob a tutela de Paulo Guedes, está estudado medidas para reduzir o preço dos combustíveis sem impactar os cofres do tesouro. 

“Estamos tratando. A Petrobras segue uma planilha, tem a ver com o preço do petróleo lá fora, tem a ver também com variação do dólar –ontem foi uma boa notícia, o dólar baixou R$ 0,20. Estamos estudando medidas”, disse. 

“Agora, não tenho como dar uma resposta de como diminuir o impacto que, na verdade, foram R$ 0,09 no preço do diesel. Mas, para cada centavo no preço do diesel, que porventura nós queremos diminuir, no caso, PIS/Cofins, equivale buscarmos em outro local R$ 800 milhões. Então, não é uma conta fácil de ser feita”, completou

 

*Brasil 274