Com baixa audiência, novelas brasileiras ficam fora do Emmy 2024

Após muitos anos vista como referência mundial, as novelas brasileiras têm perdido espaço com o público do sofá e, principalmente, com o das telas. Mas não é só. Além da baixa audiência, que atinge principalmente as tramas globais, e problemas de roteiro comumente apontados nas redes sociais, as produções nacionais deixaram de aparecer em uma das premiações mais importantes do ramo, o Emmy Internacional.

Em sua 52ª edição, que ocorre nesta segunda-feira (25/11), o Emmy Internacional conta com 56 indicações e traz quatro títulos na categoria de novelas: La Promesa (Espanha), Rigo (Colômbia), Safir (Turquia) e Salón de té La Moderna (Espanha). Essa é a primeira vez, em quatro anos, que o Brasil não tem nenhum representante na lista.

A última vitória também foi em 2020, quando a novela Órfãos da Terra levou a estatueta para casa. Depois disso, Amor de Mãe (2021), Nos Tempos do Imperador (2022), Cara e Coragem (2023) e Pantanal (2023) chegaram a ser nomeadas, mas não obtiveram o sucesso desejado.

A falta de reconhecimento sobre os últimos produtos criados na teledramaturgia nacional reforçam as teorias de queda de qualidade dos trabalhos, que costumam se refletir na baixa audiência. Entre as tramas que poderiam ter sido indicadas estavam Amor Perfeito, Elas por Elas, Fuzuê, Terra e Paixão e Vai na Fé.

As apostas em remakes também não parecem ser um caminho a se seguir, visto que a adaptação de Alessandro Marson e Thereza Falcão também não teve força para entrar na lista.

Solução fora da TV

Em 2024, uma das produções melodramáticas que mais chamou atenção do público foi exibida na Netflix. Trata-se de Pedaço de Mim, produção nacional, em 17 capítulos, que foi estrelada por Juliana Paes e Vladimir Brichta. Mesmo não sendo chamada de novela pelo serviço de streaming, a produção seguiu o roteiro das produções do gênero.

No próximo ano, mais especificamente em 27 de janeiro, a Max vai lançar Beleza Fatal, primeira novela do serviço de streaming. A produção mostra a ascensão de Lola (Camila Pitanga), uma figura enigmática no mundo da influência digital, que se envolveu com a prisão e morte de Cléo (Vanessa Giácomo), mãe da determinada Sofia (Camila Queiroz) e que uniu poderes com a família Argento, após casar-se com Benjamin (Caio Blat).

 
Fonte: Metrópoles