O modelo de distanciamento controlado do Estado classificou 19 regiões em bandeira vermelha, que indica alto risco epidemiológico para o coronavírus, no Rio Grande do Sul. Apenas os municípios de Cachoeira do Sul e Guaíba estão em bandeira laranja, de risco médio. O cenário avermelhado acompanha os números da doença no Estado, que, nos últimas dias, apresenta aumento significativo no número de internações
Diante desse cenário, o governo decidiu suspender temporariamente a cogestão — mecanismo que permite que as regiões do Estado decidam por conta própria adotar restrições mais leves do que as determinadas pelo Palácio Piratini. Assim, todas as que estão em bandeira vermelha deveram seguir as regras previstas pelo Estado para o risco alto de coronavírus, sem flexibilizações.
As medidas mais rígidas para o combate ao vírus devem valer por pelo menos duas semanas, mas podem ser prorrogadas se os números não baixarem, segundo Leite.
O anúncio foi feito na tarde desta segunda-feira,30, por meio de uma transmissão ao vivo do governador Eduardo Leite. A definição vale a partir desta terça-feira,1° até a próxima segunda-feira,7. Na última sexta-feira,27, o mapa preliminar indicava que todas as 21 regiões estavam em bandeira vermelha.
Mais cedo, o governador havia proposto para a Famurs, entidade que representa os prefeitos gaúchos, uma lista de medidas emergenciais para tentar conter o aumento de casos e mortes por coronavírus no Rio Grande do Sul nas últimas semanas. As ações incluem a suspensão das festas e eventos de fim de ano, tanto promovidos por prefeituras quanto por estabelecimentos privados e condomínios.
Leite também propõe mudanças nos protocolos do distanciamento controlado, como limitar o horário de funcionamento do comércio e de restaurantes. Essas empresas, contudo, poderiam seguir abrindo nos mesmos dias da semana em que operam hoje.
Devido ao avanço da doença, pelo menos 77 leitos, que estavam desativados, foram colocados em funcionamento novamente, conforme a secretária de Saúde do Estado, Arita Bergmann.
— Na medida em que observamos a evolução e o crescimento do número de casos no Estado do Rio Grande do Sul, nos preocupamos e passamos a combinar com os hospitais a reativação dos leitos para a finalidade de atendimento covid — disse Arita
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