Um dos maiores símbolos da Semana Farroupilha, a Chama Crioula, foi acesa na última sexta-feira, 11, em Mostardas. Cavalarianos representantes da 28ª Região Tradicionalista acompanharam a solenidade e receberam a centelha trazendo-a para Rodeio Bonito. 

Uma cavalgada que saiu de Sarandi com cerca de 20 cavalarianos, percorreu cerca de 100 km, trazendo a centelha que ficará aos cuidados da Brigada Militar de Rodeio Bonito até o dia 2 de setembro, quando será distribuída para todos os CTGs da região.  

Histórico da Chama Crioula

No ano de 1947 foi criado em Porto Alegre, no Colégio Júlio de Castilhos, um Departamento de Tradições Gaúchas, com o objetivo de resgatar, preservar e proporcionar a revitalização das coisas tradicionais do Rio Grande do Sul, através da história gaúcha. Naquele momento, um grupo de jovens do colégio manifestou o desejo de fazer, de a cavalo, o acompanhamento dos restos mortais do General Farroupilha, David Canabarro, que era transladado ao Panteão Rio-grandense no cemitério da Santa Casa de Misericórdia.

O ato ocorreu em 5 de setembro, com oito jovens a cavalo. Dois dias depois três daqueles jovens (Paixão Cortes, Cyro Ferreira e Fernando vieira) também de a cavalo retiraram uma centelha do Fogo Simbólico da Pátria, a meia noite do dia 7, acendendo o candeeiro crioulo que foi  guardado no Colégio Julio de Castilhos, dando origem à Chama Crioula, que simboliza o apego do gaúcho à sua terra, o seu nativismo, seu telurismo. A Chama Crioula traz em si o reconhecimento que temos pela história e pela trajetória social do gaúcho. Desde então, o acendimento e distribuição da chama crioula se repete anualmente.

Foto: Divulgação/Fernando Pertuzzati