A Secretaria da Saúde (SES) e o Ministério da Saúde orientam a prorrogação da campanha de vacinação contra a pólio e o sarampo até o próximo dia 14. A recomendação destina-se aos municípios que ainda não atingiram a meta de vacinar, pelo menos, 95% das crianças de um a menores de cinco anos. No Rio Grande do Sul, 332 cidades já superaram a cobertura preconizada, o que representa mais de dois terços do total de municípios gaúchos. Contudo, estima-se que cerca de 68 mil crianças ainda não foram vacinadas. Na média, o estado registrou até o momento o alcance a 87% do público-alvo, o que representa mais de 900 mil doses aplicadas. Algumas dessas vacinas foram feitas neste último sábado (1º), quando parte dos municípios aderiu ao segundo Dia D de mobilização recomendado pelas áreas técnicas do Estado e da União.
Em relação à distribuição geográfica da campanha, os melhores registros foram nos municípios das macrorregiões Norte e Missioneira, onde quase a totalidade das cidades ultrapassou a meta. Enquanto, por outro lado, a Região Metropolitana ficou com as médias mais baixas.
Entre os municípios, muitos inclusive vacinaram mais crianças do que a estimativa populacional previa (com base no censo do IBGE). É o caso de Bom Progresso, no Norte do estado, com a maior das coberturas registradas no sistema: 154%, pois se previa um público de 83 crianças e se vacinou 128.
Também se enquadram no mesmo caso cidades maiores (com população estimada maior de mil crianças). Nas regiões Norte e Noroeste, destaque para Três Passos (124%), Panambi (118%) e Santa Rosa (107%). Na Serra, os índices mais elevados vêm de Gramado (121%), Guaporé (112%) e Carlos Barbosa (105%). Assim como na região Sul, com São Lourenço do Sul (112%), e nos Vales, com Lajeado (108%).
Vacinação em Frederico Westphalen
De acordo com os dados divulgados pelo Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização, Frederico Westphalen vacinou mais crianças do que a estimativa, totalizando 104,04% do público alvo imunizado.
A campanha segue até dia 14 em municípios que não atingiram a meta estipulada pela Secretaria Nacional de Saúde, porém as doses contra as doenças estão disponíveis nos postos de saúde durante todo o ano e, para realizar a imunização, é necessário portar documento oficial e a caderneta de vacinação.
Vacinas
As vacinas utilizadas para esta estratégia são a vacina oral da poliomielite (VOP) e a tríplice viral, que protege contra o sarampo, rubéola e caxumba. Esta também é uma oportunidade para que as crianças atualizem a vacinação de rotina.
A da pólio está disponível durante o ano todo nos postos e é indicada para crianças menores de 1 ano de idade em 3 doses: a primeira aos 2 meses, seguidas de outras duas, aos 4 e 6 meses, todas elas injetáveis. A proteção é completada com dois reforços da vacina oral, aos 15 meses e aos 4 anos.
Em relação ao sarampo, a proteção ocorre por meio da vacina tríplice viral, indicada no calendário básico quando a criança completa 1 ano. Aos 15 meses, ela é complementada com a vacina tetraviral, que protege contra as mesmas três da tríplice viral acrescida da varicela (ou catapora).
Sarampo
O sarampo não era registrado no país desde 2015. Contudo, neste ano, voltaram a ser registrados diversos casos, inclusive, tendo causado cinco mortes no Norte do país. No RS, até o momento, são 23 casos confirmados, dos quais 16 foram em Porto Alegre. Os demais ocorreram em residentes de São Luiz Gonzaga (1 caso), Vacaria (1), Viamão (3) e Alvorada (2).
Pólio
Também chamada de poliomielite ou paralisia infantil, está erradicada do Brasil desde 1994, com o último caso registrado no estado em 1983. Neste modelo da campanha, a vacinação é indiscriminada, ou seja, indicada para todas as crianças dessa faixa etária, independente se estão com as doses de rotina em dia ou não e desde que não tenham sido vacinadas nos últimos 30 dias.
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