No novo Inter montado por Roger Machado, Bruno Gomes aparece como uma das atrações. Volante de origem, aproveitou a falta de laterais-direitos no grupo, acatou o pedido do técnico e ganhou sequência improvisado na posição. Agora, com a chegada de Braian Aguirre e Nathan, segue à disposição para jogar onde for necessário. O desejo é ajudar o time a alcançar os objetivos restantes na temporada.
O camisa 15 retornou ao Beira-Rio nesta temporada dois anos após a primeira passagem, quando recebeu só uma oportunidade no time. Cenário bem distinto do atual. Esteve em 28 das 48 partidas da equipe, 14 delas como titular. Ainda que a volta tenha sido após um pedido do então treinador Eduardo Coudet, foi com Roger que subiu na hierarquia.
O garoto de 23 anos é um dos três que atuou em todas as partidas sob o comando do ex-lateral (Rômulo e Wesley completam a lista). Foi titular em sete. Entre elas, as cinco mais recentes do Colorado, todas como lateral-direito.
Em entrevista ao ge, o volante avaliou a experiência em outra função, prometeu trabalhar para seguir no time como lateral ou como volante e falou sobre os objetivos do clube na parte final do Brasileirão.
Confira a entrevista com Bruno Gomes:
ge – Essa parada para a data Fifa chega em um bom momento para o grupo?
Bruno Gomes – Chega em um bom momento. O grupo como um todo pega um respiro, já que a sequência de jogos sempre traz um desgaste natural. Ainda mais o Inter, que no início do campeonato teve a questão da chuva e está precisando jogar partidas atrasadas em sequência. Teremos uma sequência importante em setembro e essa pausa foi boa nesse sentido.
O que mudou com a saída do Coudet e a chegada de Roger?
São dois treinadores qualificados. Cada um a sua maneira. O Coudet teve participação importante para o meu retorno ao Inter. Um cara que sempre confiou em mim. O Roger também sempre procura estar ao lado do jogador. Qualquer troca de comando gera uma mudança.
Para você, o que representou essa sequência no time como lateral-direito?
Tem sido um momento importante na minha carreira. Desde a base sempre tive essa abertura de atuar em diferentes opções. É claro que a lateral tem particularidades diferentes de um volante, por exemplo. Mas jogo a jogo vou ganhando confiança. E a polivalência no futebol atual é um diferencial.
Quais foram os principais aprendizados que você leva desse período?
Eu acredito que é você entender o momento certo de atacar ou ficar mais preso na defesa. O lateral faz uma função importante taticamente nos dois lados do campo. Como volante você tem uma importância maior na saída de jogo, em dar aos zagueiros uma proteção. Às vezes, o ataque não é uma prioridade dentro da proposta. O que já não acontece na lateral. Então, desde que o Roger me pediu para fazer a função, vejo uma evolução contínua.
O que o Roger, que já foi lateral-esquerdo, passa de orientações?
O fato de o Roger ter atuado na posição ajuda bastante. Ele me deu não só dicas e instruções, mas principalmente a confiança que eu poderia ir bem naquele lado do campo. E isso é fundamental para o desenvolvimento.
O Inter contratou Nathan e Aguirre nesta janela e supriu a carência na lateral direita. Você pretende disputar posição ali ou espera ganhar mais oportunidades como volante?
Eu busco ajudar o elenco onde for mais necessário. Não importa se como lateral ou volante. O importante é o grupo, o clube. Encaixar uma sequência positiva agora é fundamental para chegarmos à reta final do Brasileiro buscando objetivos importantes. Então, onde for requisitado, estarei preparado.
Caso o Roger volte a utilizá-lo como volante, o que pode ser o diferencial para você ter uma sequência no time?
Independentemente da posição, é preciso sempre trabalhar duro. Ninguém tem posição cativa e vai jogar sempre aquele mais preparado. O grupo é bastante unido e a briga é sadia por posição. Sou um jogador de muita entrega, força e determinação.
Pelo que o Inter vai brigar no Brasileirão?
Precisamos pensar jogo a jogo. O próximo sempre será o mais importante. Ainda temos partidas atrasadas a fazer. Então, vamos em busca sempre de um objetivo por vez. Hoje estamos em 10º, mas com possibilidade de encostar no G-6. Ainda há muito em disputa. Temos um grupo qualificado que pode entregar muita coisa boa na sequência da competição.
Fonte: ge RS
Foto: Ricardo Duarte