Boa parte das mulheres ainda desiste de seguir com processo contra agressor

Um problema grave que já avançou muito, mas que ainda precisa ser combatido com mais efetividade é a questão da violência contra mulheres.

O Ipea – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou um dado bastante interessante sobre a Lei Maria da Penha: ela diminuiu a tendência de crescimento da violência contra a mulher em cerca de 10%. O que isso quer dizer? Que não houve apenas uma queda no número absoluto de mulheres agredidas, houve uma queda na intenção de agredir e isso é realmente algo que transforma a sociedade.

Para os descrentes, que dizem que o número de mulheres agredidas não merece destaque, o método se utilizou de números de homicídios contra as mulheres dentro dos lares confrontados com aqueles que acometeram os homens.

Outro ponto importante é o aumento de municípios com Casa Abrigo, que acolhe mulheres vítimas de violência e as permite recomeçar a vida em segurança. Já são 70 cidades, totalizando 77 abrigos.

O caminho para erradicar a violência baseada em poder, em que se encaixa a violência doméstica e o feminicídio, é longo e árduo, mas os primeiros passos estão sendo dados de maneira exemplar.

Em Frederico Westphalen as denuncias de violência contra mulheres são feitas na Delegacia de Polícia Civil.

A inspetora de policia Thaís Antunes da Silva Pinheiro explica como proceder para fazer uma queixa e estar amparada pela lei. Segundo ela o grande problema é que a maioria das mulheres desiste de seguir com processo até o fim.

História do 8 de março

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data 

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.