A partir desta quinta-feira (12), a Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, que foi comandada até este momento pelo ministro Paulo Pimenta, será transformada em uma secretaria no âmbito da Secretaria-Executiva da Casa Civil. “O presidente Lula, desde primeiro momento, foi muito firme e determinado no trabalho de apoio à reconstrução do Rio Grande do Sul. É evidente que tem muita coisa a ser feita, mas quero agradecer a todos vocês o apoio até aqui”, disse Pimenta.
“Nós hoje estamos fazendo este balanço, mas sabemos que tem muito a ser percorrido. Podem contar comigo e com equipe do ministério para que a gente possa fazer com que nenhuma pessoa que perdeu sua casa no RS fique sem casa. É assim que a gente vai trabalhar duro até o final”, acrescentou o titular do Ministério das Cidades, Jader Filho.
Em entrevista coletiva à imprensa, o ministro Rui Costa reforçou o pedido às prefeituras para que intensifiquem a elaboração e o encaminhamento dos cadastros das famílias à União. “Nós hoje, temos mais imóveis do que famílias disponíveis para habitar essas moradias. E precisamos alinhar, porque estamos usando recursos orçamentários específicos que têm seus limites legais. Não podemos construir um conjunto de casas que depois não terão pessoas para morar”, solicitou.
Balanço
Centenas de embarcações e aeronaves foram mobilizados no ápice da tragédia e conseguiram resgatar mais de 80 mil pessoas e 15 mil animais. Trinta e duas mil toneladas de doações foram transportadas, e 105 mil cestas de alimentos, além de oito milhões de medicamentos e insumos. Além do Auxílio Reconstrução, o Governo Federal autorizou parcelas adicionais de Seguro-Desemprego, antecipou recursos como restituição do Imposto de Renda, benefícios previdenciários, liberou o Saque-Calamidade do FGTS e incluiu mais de 67 mil famílias no Bolsa Família – adição que possibilitou o repasse de R$ 47 milhões em novos benefícios do programa.
Como resultado da injeção de recursos, os ministros demonstraram que a economia do estado está em forte recuperação. Os dados das atividades de indústria, vendas, geração de empregos e inflação, drasticamente prejudicados em maio, se recuperaram nos meses seguintes.
Somente a prorrogação do recolhimento de tributos federais evitou que R$ 4,9 bilhões deixassem o estado no período mais crítico. Foram suspensos pagamentos de operações de crédito rural e de financiamentos com bancos públicos, beneficiando empresários e produtores rurais.
O governo do estado deixará de dispender, durante três anos, cerca de R$ 23 bilhões em pagamento da dívida do Estado e devido ao abatimento pela suspensão de juros. Já as prefeituras receberam a injeção de parcelas extras do Fundo de Participação dos Municípios; recursos em assistência humanitária, restabelecimento e reconstrução; apoio ao abrigamento de pessoas, dentre outros aportes financeiros.


