O Grêmio reagiu com as quatro mudanças promovidas por Renato para o duelo contra um dos adversários mais temidos do Brasileirão no momento. O empate sem gols com o Botafogo foi de um time competitivo em Brasília, o oposto do que vinha sendo apresentado nos últimos jogos, e pode servir como injeção de ânimo para a sequência.
Um mês depois o Tricolor voltou a terminar um jogo sem ser vazado. Se considerarmos o fato de que foi contra o time que briga na ponta de cima da tabela, o ponto conquistado em Brasília pode ser celebrado.
Foram quatro trocas no time titular em relação à derrota contra o Criciúma. Uma delas por problema físico, com a saída de Soteldo, por desgaste, para a entrada de Aravena, e as outras três por opção de Renato para mudar o esquema de jogo. E funcionou.
Edenilson cumpriu a função ao dar sustentação defensiva no lado direito e também apareceu bem na frente. Com cinco minutos, levou perigo duas vezes ao Botafogo. Primeiro parou em John e depois cabeceou com perigo por cima do gol.
O Grêmio pareceu mais seguro apesar de alguns sustos. Reinaldo, por exemplo, ainda deixa a desejar na marcação. No primeiro tempo, não viu Vitinho aparecer nas costas dentro da área, mas o lateral cabeceou para fora, mesmo sozinho. O lateral também teve trabalho para conter Luiz Henrique.
Mas além da mudança estratégica, a equipe comandada pelo auxiliar Marcelo Salles à beira do campo adotou uma postura muito diferente do que foi visto recentemente. Não deixou se abalar quando foi atacada e soube agredir o adversário.
O retorno de Kannemann ao time titular ajudou a levantar o astral e o clima de competitividade. Na base da raça, no último lance da partida, o zagueiro saiu do campo de defesa e quase marcou um golaço, que seria o da vitória.
Antes disso, a finalização de Villasanti no início do segundo tempo foi um dos poucos lances de maior perigo do Grêmio. Então entrou a competência para se defender e um crescimento de Marchesín, que com defesas importantes ajudou a garantir o empate.
Aos 40 minutos, o Tricolor sofreu o maior susto quando Júnior Santos driblou João Pedro e tocou para Bastos balançar a rede. Mas a posição irregular de Bastos salvou a noite gremista. Minutos depois, Monsalve foi expulso em lance extremamente duvidoso e aumentou o sofrimento até o final do jogo.
Para aqueles que esperavam o pior em Brasília, o empate traz um ponto a ser celebrado e que sobe o Grêmio em três posições momentaneamente. A equipe ainda vai perder, ao menos, uma posição até o fim da rodada. Mas a postura competitiva da última noite indica margem para melhora.