Botafogo abdica de jogar no segundo tempo, desconcentra e deixa de construir vantagem em casa
O time de Artur Jorge que parecia se multiplicar em campo para construir e defender, sucumbiu nos 45 minutos finais. Com mudanças táticas feitas pelo São Paulo e fôlego com as trocas do adversário, o Alvinegro teve uma etapa avessa ao que imprimiu inicialmente.
E isso pode ser justificado pela alta intensidade deixada em campo ainda no primeiro tempo, que custou uma queda física e emocional natural. A carta na manga do time de Zubeldía foi se aproveitar disso e explorar com pressão na saída de bola botafoguense.
O goleiro John, por diversas vezes, foi obrigador a rifar a bola por não haver opções seguras para jogar de forma mais aproximada. Essa imposição do São Paulo fez com que o Alvinegro errasse passes, fosse desarmado com mais facilidade e abdicasse, inconscientemente, de jogar.
A falta de controle e concentração sobrecarregou a defesa, o que fez o zagueiro Barboza ser o melhor em campo do Botafogo no segundo tempo. Artur Jorge até tentou retomar a passe com substituições, como a opção de Tchê Tchê, além finalizar mais, com Tiquinho, mas o time pouco conseguiu fazer, aparentando ter deixado a maior parte do que tinha no primeiro tempo.
Agora, a decisão será nos 90 minutos restantes no Morumbis, em São Paulo, na próxima quarta-feira. Se conseguir manter o que fez no primeiro tempo e acertar a meta nas oportunidades criadas (foram 23 contra seis), tem grandes chances de vencer o time paulista longe de casa. Mas antes, ainda, tem um clássico importante pela manutenção da liderança no Brasileirão, contra o Fluminense, sábado, no Maracanã.
