Faz mal?
Todos esses alimentos são prejudiciais à saúde? Não necessariamente.
No caso dos similares feitos à base de soro de leite, eles à priori têm menos nutrientes e menor qualidade do que os tradicionais.
É preciso ficar de olho em quais entram na seara dos ultraprocessados, categoria que o Idec recomenda que não seja consumida por crianças menores de dois anos e que seja evitada por adultos.
Os ultraprocessados passam por uma série de etapas dentro da indústria até chegarem à prateleira do supermercado e são, em geral, ricos em açúcares, sal e gorduras. São refrigerantes, por exemplo, alguns frios e embutidos, bebidas lácteas, sorvetes, pizza, lasanha e massas congeladas de forma geral.
Seu consumo está ligado ao aumento dos riscos de desenvolvimento de obesidade, de sobrepeso, de doenças cardiovasculares e de síndrome metabólica (que inclui diabetes).
Uma dica fácil para identificar esses produtos, segundo a nutricionista Mariana Ribeiro, é procurar por três tipos de ingredientes no rótulo: corantes, aromatizantes e edulcorantes.
Ela lembra ainda que a ordem em que os ingredientes aparecem na composição do produto é decrescente, ou seja, vai da matéria-prima mais presente para a que existe em menor quantidade. Se o açúcar aparece na frente da fila, por exemplo, é sinal de que ele existe em proporção relevante na fabricação do alimento.
No caso específico do “café fake”, a Abic afirma que a disponibilização de novos alimentos e novos ingredientes requerem autorização prévia da Anvisa, como prevê a legislação sanitária, para garantir que sejam seguros para consumo.
O produto que tem circulado nas redes sociais, ainda segundo a associação, apresenta na embalagem duas resoluções já revogadas pela Anvisa, a RDC 27/2010 e a RDC 240/2018. “Vale ressaltar que não existe essa categoria”, afirmou a entidade, por meio de sua assessoria de imprensa.
Fonte: g1


