O gesto de bravura e resiliência do cavalo Caramelo, conhecido nacionalmente por ter se refugiado em um telhado no bairro Mathias Velho, em Canoas, durante as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul, em maio, atraiu a atenção da produção da série norte-americana Yellowstone, da Paramount.
O seriado de faroeste já conta com cinco temporadas, e o cavalo-símbolo da resistência gaúcha fará parte da divulgação da sexta fase da produção estrangeira. Caramelo foi oficialmente adotado pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) no início de dezembro. A transferência do animal para a universidade, que tinha guarda temporária, foi confirmada através do termo de adoção responsável, assinado entre Secretaria do Bem-Estar Animal de Canoas e Aelbra, mantenedora da universidade.
As gravações ocorreram no mês de dezembro, na cidade de Portão. A produtora reservou por um dia o Centro de Treinamento Haras Virgínia para realizar o trabalho. O local não costuma receber equipes de filmagens, mas abriu as portas após saber que a estrela do comercial seria o cavalo Caramelo, cuja história comoveu também os proprietários do Haras.
Caramelo foi tratado como um super astro de cinema. Recebeu banho e tosa da crina e cuidados especiais. A proposta da campanha, que foi ao ar no dia 19, foi apresentar o Caramellow Stone (nome artístico do animal para o trabalho) como fã número 1 da série no Brasil.
Mas Caramelo não foi o único a estrelar em frente às câmeras. Seu Ovídio Roque Hennicka, funcionário do Hospital Veterinário da Ulbra há 21 anos, foi escalado para ser figurante nas filmagens. “Eu achei que estava vindo para acompanhar e cuidar do Caramelo, porque ele está acostumado comigo. Mas daí cheguei aqui e pediram para eu participar. Me sinto orgulhoso”, completou.
A Ulbra está buscando, por meio de uma série de projetos, arrecadar fundos para construir um santuário para o Caramelo no campus da Universidade em Canoas, junto à fazenda-escola do curso de Medicina Veterinária. O espaço será dedicado ao bem-estar do animal e será aberto à visitação do público.
Fonte: Correio do Povo