Durante coletiva de imprensa realizada na quinta-feira (12), no Palácio Piratini, o governo do Rio Grande do Sul apresentou os números mais recentes sobre a criminalidade no Estado. Em novembro, os homicídios caíram 15%, com 105 casos registrados, comparados aos 124 no mesmo período de 2023. Os latrocínios, crimes de roubo seguido de morte, tiveram redução de 100%, com nenhum caso registrado no mês. Em contrapartida, os feminicídios cresceram 83%, subindo de seis para 11 ocorrências em novembro.
O governo destacou que, apesar do aumento em casos de feminicídio, os investimentos em Segurança Pública e no Sistema Penal para 2025 e 2026, somando R$ 1,4 bilhão, deverão ampliar a capacidade de enfrentamento ao crime e fortalecer a proteção à população.
Do montante anunciado, R$ 1,12 bilhão serão direcionados à Segurança Pública, enquanto R$ 270 milhões beneficiarão o Sistema Penal. Na Segurança, os aportes englobam a compra de viaturas, aeronaves, armas, equipamentos de proteção e investimentos em tecnologia e infraestrutura.
No Sistema Penal, os recursos viabilizarão a construção de novas unidades prisionais, o fortalecimento de proteção antidrone, instalação de bloqueadores de celular e aquisição de uniformes para os agentes da Polícia Penal.
– Esse é um investimento sem precedentes. De 2019 a 2024, aplicamos mais de R$ 1,2 bilhão na Segurança Pública, resultando na aquisição de milhares de viaturas, armamentos e coletes. No sistema prisional, empregamos mais de meio bilhão em melhorias. Agora, ampliamos ainda mais nossos esforços para proteger a população e reforçar a infraestrutura do Estado – destacou Eduardo Leite.
Os investimentos incluem novas embarcações e aeronaves com capacidade de voo noturno, que serão fundamentais em operações e em situações de desastres climáticos, conforme salientou o secretário de Segurança Pública, Sandro Caron.
Já o secretário de Sistemas Penal e Socioeducativo, Luiz Henrique Viana, enfatizou que os recursos fortalecerão políticas públicas voltadas à ressocialização e redução da criminalidade.
Por Rafael Menezes, Diário de Santa Maria