É #FAKE que agentes do Censo estão usando celular como urna eletrônica para roubar dados para fraudar eleição

Circula pelas redes sociais um áudio que afirma que agentes do Censo estão usando celular como urna eletrônica para roubar dados para fraudar eleição. Tome cuidado, essa notícia é falsa! 

A peça de desinformação circula em grupos de Whatsapp, por meio de um áudio em que um homem diz que agentes do IBGE que trabalham no Censo questionam a intenção de voto de cidadãos e utilizam celular com urna eletrônica para roubar biometria e dados dos eleitores. Durante a gravação, o homem diz que recebeu a visita de uma suposta agente, que insistiu que ele clicasse no telefone dela para escolher o presidente em que tem intenção de votar nas eleições presidenciais de 2022.

No entanto, no censo demográfico não são feitas perguntas sobre a intenção de voto das pessoas entrevistadas. O objetivo do estudo é reunir informações de quantos são e como vivem os brasileiros. A pesquisa, portanto, não leva em consideração a preferência política de quem participa do levantamento. A população brasileira começou a ser recontada, de forma detalhada, em 1º de agosto, quando foi dado início à coleta domiciliar do Censo Demográfico 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além disso, nenhum aplicativo de celular é capaz de substituir a urna eletrônica física, que é o único equipamento usado para registrar o voto do eleitorado. Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) não utilizam impressões digitais coletadas por meio de smartphones. A única forma de identificação biométrica válida é aquela coletada presencialmente pela Justiça Eleitoral antes da pandemia de Covid-19 ou por órgãos públicos parceiros, como Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e Institutos de Identificação.

Também não há possibilidade de uma “cópia” da impressão digital pelo celular interferir na votação. Isso porque, no dia da eleição, é necessário que a eleitora ou eleitor coloque o dedo no terminal do mesário, que contém o leitor biométrico. Tudo é acompanhado de perto pela equipe de mesários, que passam por treinamento para detectar qualquer problema que ocorra na seção eleitoral durante as Eleições Gerais de 2022. Sendo assim, é impossível que uma pessoa se passe pela outra na hora de votar. 

Para casos de dúvidas quanto aos recenseadores, o IBGE tem dois canais primordiais para a devida identificação de seus servidores: o telefone 0800 721 8181 e o site https://respondendo.ibge.gov.br/

Os dois canais representam um serviço permanente do IBGE para qualquer cidadão que seja procurado para responder a qualquer pesquisa e que queira se certificar de que aquela pessoa na porta ou na portaria é mesmo um servidor do instituto. É válido ressaltar que os recenseadores não têm nenhuma relação com os profissionais que realizam as pesquisas eleitorais.