O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Guilherme Ribeiro, anunciou, nesta quinta-feira, que o Brasil deve fechar sua safra de grãos 2021/2022 com 271,2 milhões de toneladas colhidas, o maior volume em 46 anos, desde que a série histórica começou a ser apurada. Conforme Ribeiro, mesmo que o país tenha passado por severas adversidades climáticas – como é o caso da estiagem na região sul e parte do Mato Grosso do Sul, com redução significativa da produção de soja -, o volume colhido é 14,5 milhões de toneladas acima do resultado da safra passada 2020/2021.
A soja, principal grão cultivado em todo o território nacional, contabilizando a quebra de mais de 50% na produção gaúcha, tem volume consolidado em 125,6 milhões de toneladas, 10% a menos que no ciclo anterior. As perdas da primeira safra de milho, a qual se encerrou com 24,9 milhões de toneladas colhidas, foi recuperada na segunda safra, que deve chegar a 86,1 milhões de toneladas, com incremento de 41,8% sobre o ciclo anterior. No total, espera-se da safra de milho 2021/2022 uma produção de 113,2 milhões de toneladas.
No caso do arroz, o volume total colhido é de 10,8 milhões de toneladas, apresentando diminuição em relação a 2020/21, em razão de menor destinação de área para o plantio, bem como pela redução na produtividade média nacional.
Para o trigo, cujo plantio já está concluído em todas as regiões produtoras, Ribeiro projeta uma produção recorde, com a colheita neste ano de 9,4 milhões de toneladas.