O ex-ministro da Defesa e então assessor especial da Presidência da República Walter Braga Netto foi exonerado do cargo. A demissão, a pedido, foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira e é assinada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
No final do mês de junho, o presidente Jair Bolsonaro confirmou o nome de Braga Netto para ocupar a cadeira de vice em sua chapa à reeleição em outubro deste ano. “É uma pessoa que eu admiro muito, e, caso a gente consiga a reeleição, vai ajudar muito o Brasil nos próximos anos. Eu agradeço ao Braga Netto por ter aceitado essa missão”, disse.

FILIAÇÃO
Braga Netto se filiou ao PL, partido de Bolsonaro e comandado por Valdemar Costa Neto, no fim de março. Dessa forma, a chapa será pura, formada por membros de uma única legenda. Em ao menos duas ocasiões, o chefe do Executivo destacou que o vice seria um homem nascido em Belo Horizonte e que passou por colégio militar, características preenchidas por Braga Netto, nascido na capital de Minas Gerais e general do Exército.
De acordo com interlocutores, Braga Netto preenche os requisitos buscados por Bolsonaro e é visto, ainda, como ‘seguro-impeachment’, em eventual destituição do presidente da República.
O general não figurou entre os presentes no evento que inicialmente foi tratado como ato de lançamento da pré-candidatura de Bolsonaro, em 27 de março, em Brasília. O não comparecimento na cerimônia se deu justamente para que não tivesse caráter eleitoreiro, apesar do tom adotado por Bolsonaro em seu discurso, e eventualmente enfrentar problemas na Justiça.