Leite anuncia pré-candidatura ao governo do Rio Grande do Sul

Nesta segunda-feira, 13, o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) confirmou que será o pré-candidato do partido ao governo do Rio Grande do Sul. Leite renunciou ao governo gaúcho em 31 de março diante da possibilidade de concorrer à Presidência da República, hipótese que não se confirmou.
A oficialização ocorreu hoje em entrevista na sede do diretório estadual do PSDB, em Porto Alegre, ao lado do atual governador, Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) – seu vice até abril.
“Comunico hoje aos gaúchos e gaúchas que sou pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul. Essa é uma decisão coletiva do meu partido junto com meu governador Ranolfo, como foram todas as outras decisões que tomamos nos quatro anos de governo. Ranolfo não é apenas leal, é comprometido tanto quanto eu com o projeto que idealizamos e construímos juntos e para o qual continuamos unidos para levá-lo ainda mais longe”, afirmou.
Crítico à possibilidade da reeleição no sistema eleitoral brasileiro – o ex-governador descartava inclusive a hipótese de concorrer a mais quatro anos no cargo -, Leite afirmou que o fato de ter renunciado ao governo estadual em março abriu espaço para que entrasse novamente na disputa.
“A única condição que eu aceitaria me apresentar novamente à população seria se eu não estivesse no cargo, porque a minha crítica à reeleição está ligada ao uso do cargo. A renúncia me abria todas as possibilidades e não me tirava nenhuma. Se eu estivesse como governador, não poderia concorrer à reeleição porque vai contra o que eu acredito”, alegou.
“Foi a renúncia que me deixou mais confortável para disputar um novo mandato. Fora do cargo, fora do poder e sem contaminar a máquina pública, podemos ser um candidato a governador, e não um governador candidato”, disse ele.
Segundo ele, “o Brasil deu exemplos” que a reeleição, quando o candidato se mantém no cargo, “não é um bom caminho”. “Estão aí o mensalão e o orçamento secreto para provar.”
“O Rio Grande dá exemplo que é legitimo e possível, e benéfico, separar governo e eleição, governador e candidato, sem usar instrumentos do poder para conquistar votos ou para negociar alianças e apoios”, afirmou.

 

Foto: Gustavo Chagas