Lira afirmou que as urnas eletrônicas são confiáveis

Nesta terça-feira, 10, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), saiu em defesa do sistema eleitoral brasileiro. Lira afirmou que as urnas eletrônicas são confiáveis. O deputado comentou que a ferramenta pode até precisar de ajustes, mas frisou que não há motivo para duvidar da credibilidade e segurança do aparelho de votação.
“Eu fui eleito nesse sistema durante seis eleições e não posso dizer que esse sistema não funciona. O sistema é confiável. Precisa de ajustes? Precisa. Mas é importante que tenhamos tranquilidade política no pleito. E nós haveremos de ter”, declarou Lira, durante uma conferência promovida pelo banco BTG Pactual em Nova York.
Ainda, comentou que as eleições deste ano devem ser marcadas por uma forte polarização entre os eleitores, mas disse esperar que isso não seja motivo para que o sistema eleitoral seja contestado. “A polarização vai se dar no momento específico da eleição. O povo vai escolher, sem eufemismo de dizer que aquela urna presta e que aquela não presta”.

IMPORTÂNCIA DOS PARTIDOS DE CENTRO
No seu discurso, Lira ressaltou a importância dos partidos de centro para a política do país. Segundo ele, “o centro é o regulador da política nacional e mantém o equilíbrio do Brasil de não virar uma Argentina de ocasião”. “(Na Argentina) quando se elege um governo, todo mundo parte em defesa daquele governo, sem criticar erros e sugerir acertos. O centro (no Brasil) tem feito essa moderação nacional e tem tido uma responsabilidade muito forte no equilíbrio dos extremos em Brasília”, opinou.
“Nós sempre priorizamos e lutamos para que os Poderes se autocontenham, para que fiquem restritos às suas esferas institucionais, para que o Brasil funcione plenamente como democracia estável, como democracia forte, com instituições fortes e que tenham um encaminhamento de qualquer que seja o resultado desse pleito de 2022”, acrescentou.
Para o presidente da Câmara, as bancadas eleitas para o Congresso neste ano serão, na maioria, de partidos de centro-direita. Ele fez essa avaliação por conta do crescimento de partidos como PL, PP e Republicanos durante a última janela partidária. “Formamos, hoje, em torno de quase 300 parlamentares. Seja qual for o presidente eleito do Brasil em outubro deste ano, o Congresso será reformista, liberal, de centro-direita, que dará um rumo para que o Brasil continue no caminho das transformações necessárias que a população exige e precisa”.