O Tribunal de Justiça (TJ) rejeitou o recurso da defesa do bispo Antônio Carlos Rossi Keller que buscava esclarecer pontos da decisão que tornou o religioso réu por abuso sexual.
Dom Antônio, bispo de Frederico Westphalen, no norte do RS, é acusado de abuso contra um ex-cerimoniário que à época era menor de idade.

A decisão que tornou o religidada em fevereiro pela 7ª Câmara Criminal, por unanimidade. Os três desembargadores entenderam que havia na denúncia do Ministério Público (MP) “suficiente descrição dos fatos” e “lastro probatório mínimo” dos supostos crimes. Na ocasião, a defesa de dom Antônio interpôs embargos de declaração visando a clarear a decisão. 

Em sessão virtual realizada em 25 de abril, a 7ª Câmara decidiu, por unanimidade, desacolher os embargos de declaração. A defesa do religioso poderá recorrer junto aos tribunais superiores.

As apurações do MP sobre possíveis abusos por parte de dom Antônio tiveram como base o relato de um ex-cerimoniário – espécie de ajudante de religiosos em missas e outras tarefas na Igreja – de Frederico Westphalen. Ele contou ter sofrido abusos sexuais. Aos 13 anos, o adolescente foi morar com o bispo. A denúncia do MP descreveu que dom Antônio, “aproveitando-se da condição de bispo da Igreja Católica Apostólica Romana, reiteradamente praticou ato libidinoso” com a vítima.

O bispo foi denunciado em 2020, mas a Justiça de Frederico Westphalen rejeitou a denúncia. O MP recorreu, e a 7ª Câmara Criminal do TJ entendeu que dom Antônio deveria responder pelas acusações. 

A Igreja Católica fez três averiguações das suspeitas e disse não ter encontrado fundamentos que comprovassem as denúncias. O bispo acabou absolvido no processo canônico e segue na direção da diocese sediada em Frederico Westhalen.

O que disse a defesa do bispo Antônio Carlos Rossi Keller

A defesa não foi intimada da decisão e não pode comentar por se tratar de caso que tramita em segredo de Justiça. 

 

Gaúcha ZH**