Laboratórios da UFSM são fechados por falta de técnicos

Os laboratórios do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Santa Maria (DECOM), campus de Frederico Westphalen, CESNORS, estão fechados pela falta de técnicos responsáveis por atividades práticas laboratoriais, como gestão, manutenção e operacionalização. A decisão foi tomada pelo Colegiado dos cursos de Jornalismo e Relações Públicas na sexta-feira (20), em reunião realizada na unidade do CESNORS de Frederico Westphalen, em virtude do corte orçamentário desse ano.

Desde a instalação do DECOM, em 2006, tem se buscado a abertura de vagas para a contratação de técnicos em educação; no entanto, até hoje, nenhum profissional atuou no Departamento, exceto um operador de câmera no laboratório de fotojornalismo, que permaneceu por um período de um ano. Segundo a Direção do CESNORS, as vagas de técnicos em áreas da Comunicação não estão disponíveis no país. Cabe ao Ministério do Planejamento, e não à Universidade, criar essas vagas.

Como medida paliativa, eram fornecidas monitorias subsidiadas para estudantes selecionados no intuito de suprir a falta de profissionais habilitados. Uma vez que no ano de 2015 houve uma redução de 30% no orçamento federal, o DECOM não possui recursos próprios para manter as monitorias, e estas não deveriam ficar sob a responsabilidade de um estudante. Dessa forma, foi tomada a decisão de fechar os laboratórios.

Com esta interdição, o ensino prático, que já era precário, vai tornar-se inexistente por tempo indeterminado, pois a decisão não tem data para ser revertida.

Mobilização estudantil

Frente a essa decisão, o Diretório Acadêmico de Jornalismo (DAJ), em conjunto com os demais estudantes, está se mobilizando em favor da continuação das atividades dos laboratórios, mas agora com técnicos especializados. Defendendo que a Comunicação também é feita pela prática, um grupo de estudantes de Comunicação Social do CESNORS seguirá para Santa Maria reivindicar os profissionais ou outra solução viável para que as aulas práticas não sejam interrompidas por um longo período.

“É um absurdo estarmos em uma universidade federal pública e precisarmos utilizar nossos equipamentos pessoais para podermos ter atividades práticas. Pior ainda quando não temos acesso a material de qualidade ou não temos apoio técnico qualificado. Também somos UFSM e queremos a estrutura da sede”, declarou Aline Magri, coordenadora geral do DAJ.

Adriano Dal Chiavon